O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (30).
O considerável recuo ocorre após o dólar cair 1% na véspera, com o mercado aumentando as expectativas na condução política e econômica do Brasil.
Em evento do Credit Suisse, o secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar, sinalizou que o governo federal tem a pretensão de ficar apenas com a Petrobras (PETR4), a Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB/BBAS3), como empresas estatais.
Somado a isso, os investidores atentam-se à decisão de política monetária do Federal Reserve (FED), que sairá hoje.
Às 9h04, as moedas seguiam as cotações:
- Dólar: baixa de 0,22% a R$ 3,7121.
- Euro: baixa de 0,26% a R$ 4,2409.
- Libra esterlina: baixa de 0,07% a R$ 4,8572.
Salim Mattar e as privatizações
O secretário especial de Desestatização e Desinvestimento, Salim Mattar, declarou ontem que o governo federal pretende manter apenas as estatais:
- Petrobras;
- Caixa Econômica Federal;
- e Banco do Brasil.
Mattar acrescentou que a intenção é que estas estatais “deverão ao longo desses quatro anos se desfazer dos seus ativos e ficar um pouco mais magras e mais enxutas”.
No caso do BB, o secretário referia-se à possível venda do BB DTVM, braço de gestão de recursos do Banco do Brasil. E também ao fim do BNDESPar, com a negociação de todas as ações de empresas que a instituição carrega, de acordo com o “Valor Econômico”.
O governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, já havia indicado a intenção de manter as três estatais.
Bolsonaro, que está internado se recuperando de uma cirurgia, voltou a assumir o cargo nesta terça-feira.
O vice-presidente, Hamilton Mourão, deixou a presidência interina após novas falas incongruentes com o governo Bolsonaro.
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Decisão do FED
A reunião de decisão de política monetária do Federal Reserve teve início na terça-feira (29) e será finalizada hoje.
De acordo com a “Reuters”, a estimativa dos investidores é que a taxa de juros da maior economia mundial seja mantida na faixa de 2,25% a 2,50%.
O anúncio da decisão está agendado para às 17h (horário de Brasília). Logo após, o presidente do FED, Jerome Powell, participará de uma coletiva de Imprensa.
Emendas aprovadas do plano B do Brexit
Ocorreu ontem a votação das emendas do “plano B” do Brexit da primeira-ministra britânica Theresa May.
As emendas aprovadas foram:
- exigência que o “backstop” na fronteira com a Irlanda do Norte seja substituído por “arranjos alternativos para evitar uma fronteira ‘dura'”. A emenda obteve 317 votos a favor e 301 contra.
- a outra emenda aprovada rejeita que o Reino Unido deixe a União Europeia (UE) sem um Acordo de Retirada e um Marco para o Futuro Relacionamento. A emenda venceu por 318 votos a favor e 310 contra.
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O “plano B” de Theresa May aceitou propostas de emendas segundo as condições:
- não adiar o Brexit;
- não realizar um segundo referendo;
- a formulação de um novo projeto para o impasse na fronteira com a Irlanda do Norte;
- e o fim de uma taxa cobrada a cidadãos da UE que pretendem viver no Reino Unido.
O plano B da primeira-ministra é considerado após a derrota do plano A, em 15 de janeiro.
A saída do Reino Unido da UE, popularmente chamada de “Brexit“, tem um acordo sendo negociado entre as partes.
Os planos de May são propostas para tal acordo.
Saiba mais – Dólar cai 1,14% e tem menor valor em duas semana; Euro fecha em queda
Na véspera, o dólar fechou a R$ 3,72 com queda de 1,14%. O euro obteve recuo 1,084%, a R$ 4,2541, e a libra esterlina retraiu 1,785 %, a R$ 4,8628.