A Taesa (TAEE11) anunciou um pagamento de R$ 320 milhões em dividendos e R$ 202,01 milhões na forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP). Com isso, a elétrica agitou o mercado e ficou dentre as notícias mais lidas da semana.
Os dividendos da Taesa foram anunciados na quinta-feira (2) e agitaram o mercado. Após o anuncio dos proventos, a companhia subiu mais de 5% nos dois pregões sucessivos.
Além disso, a fala do novo diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale (VALE3) sobre a companhia e as recomendações do Safra ficaram dentre os destaques da semana.
Por fim, a influência da Selic nos FIIs de papel e a recomendação do BTG para compra de Raizen (RAIZ4) ganharam fôlego durante a semana no Suno Notícias.
Veja abaixo o resumo das principais notícias da semana. Acesse os links para ler o texto completo e tenha um bom final de semana!
Taesa pagará meio bilhão em proventos
Segundo o anúncio da empresa na quinta (2), a Taesa (TAEE11) vai pagar R$ 523 milhões em proventos aos seus acionistas, divididos em R$ 202,01 milhões na forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e R$ 320,9 milhões na forma de dividendos intercalares.
O pagamento dos proventos da Taesa será em parcela única, conforme especificado pela empresa, e ocorrerá no dia 29 de dezembro 2021.
Apenas os investidores com posição comprada no dia 06 de dezembro de 2021 terão direito a receber os proventos da Taesa.
As ações da Taesa passam a ser negociadas “ex juros“, ou seja, sem direito aos dividendos e aos JCP a partir de 07 de dezembro de 2021 – a data é válida para as ações TAEE3, ações TAEE4 e units TAEE11.
Esses proventos da Taesa foram calculados com base nas demonstrações financeiras intermediárias levantadas em 30 de setembro de 2021.
- Proventos totais: R$ 523 milhões
- Valor bruto por ação TAEE3/ TAEE4: R$ 0,5060
- Valor bruto por units TAEE11: R$ 1,5181
- Data de corte: 06 de dezembro de 2021
- Data do pagamento: 29 de dezembro 2021
- Dividend Yield: 8,75%
‘Retorno aos acionistas da Vale será foco’
O foco da Vale vai continuar sendo sua política de retorno aos acionistas, enquanto aumentar sua capacidade de produção, segundo declaração do novo diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores, Gustavo Pimenta.
A declaração foi feita durante evento do “Vale Day“, o dia de investidores da companhia, que ocorreu na segunda (29).
O executivo frisou que a mineradora deu um retorno de US$ 20,1 bilhões aos investidores durante este ano, se considerado o período até o terceiro trimestre – cálculo que considera os dividendos ordinários e extraordinários pagos, além dos programas de recompra de ações.
Essa cifra representou 90% do fluxo de caixa livre no período.
Pimenta disse também que a empresa terá nos próximos 12 a 18 meses eventos importantes para “desbloquear valor” da companhia para os acionistas, como o progresso na reparação de Brumadinho, a descaracterização de barragens, o aumento da capacidade de produção de minério de ferro em 30 milhões de toneladas e do cobre, em até 40 mil toneladas.
“Se a gente conseguir entregar de forma eficiente, podemos aumentar o valor do acionista de forma muito significativa”, disse Pimenta, durante sua apresentação no Vale Day.
O executivo citou ainda um programa de redução de custos da Vale com projeção de economizar US$ 500 milhões com prevenção de custos de inflação nos primeiros 12 meses e economia de US$ 1 bilhão, no período de 12 a 24 meses, por meio de economia de custos fixos e investimentos em eficiência.
Safra recomenda ações para 2022 turbulento
Com 2022 se aproximando, investidores começam a se perguntar se o ano que vem será mais generoso ao Ibovespa, após o desempenho instável em 2021.
O otimismo, porém, não é o que está no horizonte dos analistas e, vendo esse cenário, o Banco Safra divulgou na segunda (29) a redução em sua expectativa para o índice, mas relacionou papéis e setores que podem trazer segurança e valorização diante de um cenário de incertezas.
No parecer do banco de investimento, preço-alvo do Ibovespa em 2021 foi revisado para baixo, de 145 mil pontos para 121 mil pontos. A avaliação levou em consideração a condição macroeconômica mais desafiadora no âmbito político, fiscal e da atividade econômica.
“Com a alta persistente da inflação, com juros mais elevados do que esperávamos anteriormente e crescimento econômico menor, elevamos as premissas de taxa de desconto e reduzimos as expectativas de crescimento de lucro para os próximos anos. Assim, passamos a ter uma avaliação mais conservadora para a bolsa brasileira“, explicou o banco.
Além disso, o Safra destacou que o preço das commodities foi um grande impulsionador de resultados em 2021 para algumas empresas com peso representativo no índice – ou seja, a recente queda no preço das matérias-primas e temores por uma desaceleração do crescimento econômico chinês são fatores que podem afetar a dinâmica de lucros para o Ibovespa nos próximos anos.
O banco observou um bom desempenho dos setores de petróleo e gás, suportados pela recuperação dos preços, e do setor de bens de capital como Embraer (EMBR3) e Weg (WEGE3), e alimentos — que inclui as empresas frigoríficas, que se beneficiaram da desvalorização cambial e bons preços das commodities de alimentos.
O banco também recomenda a Petrobras (PETR4), vendo desconto superior a 30% para a média histórica ao se olhar para o EV/Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. A alta do preço do petróleo, juntamente com a manutenção da política de preços de combustíveis, tende a dar sustentação para suas ações.
“No varejo, recomendamos a Lojas Renner (LREN3), um nome de alta qualidade no segmento de vestuário com excelente histórico de resultados em crises passadas, que se beneficia da reabertura da economia”, diz o relatório.
No segmento de shoppings, a preferência do Safra fica para a Aliansce Sonae (ALSO3), por valuation e pela expectativa de boa recuperação de resultados atrelada aos seus bons indicadores operacionais.
Já no setor de saúde, Rede D’or (RDOR3) é a favorita. É líder num setor altamente resiliente e capaz de repassar inflação, além de contar com uma estratégia bem definida de crescimento olhando para os próximos anos, diz o banco.
No segmento de transportes, a CCR (CCRO3) foi elogiada pelo seu bom histórico de alocação de capital, pelo pipeline de projetos de infraestrutura que irá a leilão e pela recuperação de resultados com a volta da circulação de veículos e pessoas no processo de reabertura da economia.
Como a Selic influenciará os FIIs
Na última reunião em outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano, e o mercado, em especial o de fundos imobiliários, amargou perdas com essa decisão.
No primeiro pregão com a nova Selic, o IFIX, Índice de Fundos Imobiliários da B3, recuou 0,26% e atingiu a mínima daquele mês, que continuou sendo renovada nas sessões seguintes. A próxima reunião do Copom será em 8 de dezembro -quando o Banco Central já prevê nova alta de 1.5 ponto percentual.
Você conhece a equação: renda fixa e os fundos imobiliários são inversamente proporcionais.
Ou seja, quando a Selic está subindo, ela se torna mais atrativa do que a renda variável, já que os riscos são menores. Por outro lado, quando a taxa de juros da economia está baixa, os investidores podem se arriscar um pouco na renda variável. Por isso, uma alta na Selic acaba pressionando o IFIX.
Contudo, há uma classe especial de fundos imobiliários que podem se esquivar um pouco dessa fuga dos investidores: os FIIs “de papel”. Isso acontece porque esses ativos investem em títulos que acompanham indicadores macroeconômicos, principalmente de inflação.
Além disso, esses fundos imobiliários também possuem indexadores para correção dos rendimentos do portfólio como um todo, sendo o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) o mais comum.
André Catrocchio, sócio e diretor de RI da Hectare Capital, explica que quando um fundo imobiliário compra um título, seja no mercado secundário ou na emissão primária, há taxa de juros atrelada, e ela é um termômetro também relacionado à Selic: “Na verdade é uma expectativa de juros futuros mais o spread de crédito do emissor da renda fixa.”
BTG vê Raízen com desconto
O BTG Pactual (BPAC11) reforçou seu otimismo de curto e longo prazo em relação à Raizen (RAIZ4) e manteve sua recomendação de compra com preço-alvo em R$ 11 para os papéis preferencias da companhia.
O banco de investimento considera ainda que o “valuation agora está mais atrativo do que nunca”, com a companhia operando a um múltiplo de 11,5 vezes Preço/Lucro esperados para 2022 e 2023.
No seu relatório, o BTG Pactual apontou que a Raízen é uma das “top picks” do banco e “a performance mais fraca recente (-10% desde o início do mês, -18% desde o IPO) faz pouco sentido para nós à luz do que tem sido um cenário cada vez mais construtivo para os preços do açúcar e etanol e margens de distribuição de combustíveis.”
Os analistas do banco acreditam que o momento parece ser uma distorção para uma abertura de capital recente e que “gerou alguma controvérsia” após publicar uma previsão mais conservadora com pouco impacto nas perspectivas de longo prazo.
Dos dividendos da Taesa à recomendação do BTG, essas foram as 5 notícias mais lidas da semana no suno Notícias. Para ler todas as notícias do site, clique aqui ou nos siga no Instagram e Twitter.