Em revisão recente, o BTG Pactual (BPAC11) trocou as ações da Vale (VALE3) por papéis da Petrobras (PETR4) na sua carteira de dividendos.
“Optamos por retirar Vale devido a receios com retomada da atividade na China (mercado imobiliário segue fraco). A entrada de Petrobras é justificada pela nossa visão mais benéfica para Petróleo e momento positivo de dividendos da companhias”, dizem os analistas.
Além disso, a Cosan (CSAN3) entrou no lugar da Cyrela (CYRE3), considerando um “valuation atrativo” e uma “expectativa de resultado forte e dividend yield acima de 12%”
Outra mudança feita foi a saída da Energisa (ENGI11), que ocorre pela sua boa performance relativa no mês.
“No seu lugar optamos por colocar Minerva (BEEF3), dado o valuation atrativo (a companhia está negociando com desconto de 11% para EV/EBITDA histórico) e expectativa de fortes resultados à frente (ciclo de gado mais benéfico no Brasil e demanda por bovino ainda resiliente)”, diz o BTG.
Carteira de dividendos do BTG:
- Bradesco (BBDC4)
- Alupar (ALUP11)
- Petrobras (PETR4)
- Sabesp (SBSP3)
- Itaú (ITUB4)
- Cosan (CSAN3)
- Telefônica (VIVT3)
- Minerva (BEEF3)
- Banco do Brasil (BBAS3)
A carteira de dividendos do BTG dá o mesmo peso para todos os ativos alocados, de 10%.
Em parecer sobre o cenário atual, os analistas destacam que o fraco desempenho do Ibovespa nos últimos dois meses acentuou a diferença de valuation entre as ações brasileiras e outros mercados com melhor desempenho.
“Como os lucros das empresas brasileiras listadas têm sido bastante resilientes ultimamente, os níveis de valuation que estamos vendo agora estão bastante descontados. O Ibovespa está sendo negociado a 7,3x P/L projetado de 12 meses, dois desvios padrão abaixo dos níveis históricos”, diz o BTG.
“A última vez que negociou com tal valuation foi em 2005. Mesmo removendo Petrobras e Vale, os preços permanecem baixos, com o índice em 8,8x P/L projetado de 12 meses, dois desvios padrão abaixo da média. A última vez que o índice (ex-Petro e Vale) foi negociado nesse patamar foi em 2008-09, durante a crise financeira global”, segue, no relatório sobre dividendos.
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