Dividendos: BTG aumenta peso de Petrobras (PETR4) e CPFL (CPFE3) na carteira; analistas retiram dois papéis
Em novo relatório sobre sua carteira de dividendos para janeiro, os analistas do BTG Pactual retiraram a SLC Agrícola (SLCE3) e Auren (AURE3) do portfólio recomendado. No entanto, não foi incluída nenhuma nova ação, mas o peso da Petrobras (PETR4) e CPFL (CPFE3) foi elevado na carteira.
O BTG destaca que a Petrobras é um dos “nomes preferidos para 2024, apesar de toda a recente turbulência política”. Segundo os analistas, a estatal tem uma boa tese de geração de caixa.
“Acreditamos que os aspectos mais importantes da tese de investimento permanecem em vigor e a empresa deve continuar apresentando surpresas positivas em 2024, como tem feito nos últimos anos”, diz o BTG.
Com isso, é projetado com base na política de remuneração atual (45% do fluxo de caixa menos capex), um dividend yield de 13% em 2024 ou 18% considerando pagamentos extraordinários.
Em relação à CPFL, a equipe do BTG afirma que a companhia vem entregando fortes resultados operacionais, que resultaram em grandes dividendos nos últimos anos. A projeção de dividend yield é de 6% para 2024 e 2025.
No mês anterior, a carteira teve um desempenho inferior ao do Índice de Dividendos da B3 (IDIV), com rentabilidade de 4,8% contra 6,9% do índice.
Desde 8 de janeiro de 2019, a evolução da carteira de dividendos do BTG foi de 54,5%, enquanto o IDIV mostrou uma rentabilidade de 48,2% na mesma janela.
Veja a carteira de dividendos do BTG
- Itaú Unibanco (ITUB4): 5%
- Vibra Energia (VBBR3):10%
- Copel (CPLE6): 10%
- Vale (VALE3):15%
- Eletrobras (ELET3): 10%
- BB Seguridade (BBSE3): 5%
- Cielo (CIEL3):5%
- Petrobras (PETR4): 15%
- JBS (JBSS3):5%
- CPFL (CPFE3): 10%
- Banco do Brasil (BBAS3): 10%
No mês de janeiro, o peso da Petrobras aumentou, saindo de 10% para 15%. Além das ações PETR4, a CPFL também teve aumento no peso, de 5% para 10%.
Dividendos do Banco do Brasil (BBAS3): veja o que pode mudar em breve
Segundo analistas do Citi, a nova metodologia do Banco Central (BC) deve afetar o Banco do Brasil (BBAS3) e os principais bancos e eventualmente ocasionar um aumento de proventos.
A ‘nova regra’ do BC, em suma, é uma mudança na metodologia para o cálculo do requerimento de capital para risco dos bancos – o que afeta o Banco do Brasil e os demais players do setor.
Segundo a autarquia, essa mudança implica em um aumento da exigência de capital agregada no Sistema Financeiro Nacional (SFN) de cerca de R$ 34 bilhões – que representa cerca de 2,6% do patrimônio de referência do SFN.
A regra passará a valer só em 2025 e será 100% implementada só em 2028, mas exigirá mudanças de capital do BBAS3 e dos demais bancos.
“O aumento dos requisitos de risco operacional foi identificado como uma das principais razões para o Banco do Brasil e o Itaú Unibanco terem visões mais cautelosas sobre pagamentos de dividendos mais elevados”, apontam os analistas do Citi.
“Achamos que a combinação do menor impacto no capital e um período de implementação mais longo são notícias positivas, permitindo que ambos os bancos [Banco do Brasil e Itaú] discutam pagamentos de dividendos mais elevados, o que pode ser um gatilho positivo para as ações”, completam.