Promessa de dividendos: Auren (AURE3) deve pagar R$ 1,5 bilhão até o fim do ano

Em nova análise sobre as ações da Auren (AURE3), analistas do BTG Pactual reafirmaram sua recomendação de compra para os papéis e destacam o pagamento extraordinário de dividendos da empresa.

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“O CFO reiterou planos de pagar R$ 1,5 bilhão em dividendos extraordinários (rendimento de 11%) até o fim do ano. Por conservadorismo, o cenário de pagamentos de impostos sobre a indenização já foi considerado em seu caso base”, destaca o BTG.

“A Auren encerrou o segundo trimestre com R$ 6,3 bilhões em caixa e alavancagem ND/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 0,3x. Em nosso modelo, estimamos um uso adicional de caixa em 2S23 de R$ 1,45 bilhão em capex para Sol de Jaíba (500 MWac), até R$ 673 milhões em impostos cobranças e R$ 1,5 bilhão em dividendos“, completa a casa.

Segundo o BTG, a expectativa é de que a Auren feche 2023 com um alavancagem confortável de cerca de 2,0x Ebitda.

O novo parecer dos analistas ocorreu após um encontro com Mario Bertoncini, CFO da Auren.

Além dos dividendos, ‘Auren crescerá, mas com custos’

Segundo o BTG, após a fusão da Cesp com a Votorantim Energia em março de 2022, os investidores têm ansiosamente aguardado os próximos passos de crescimento de Auren.

O CFO da empresa disse que Auren está buscando ativamente o crescimento oportunidades, principalmente em fusões e aquisições de geração.

“Mas a disciplina de capital continua a ser uma prioridade e serão consideradas apenas oportunidades com retorno de dois dígitos. Quanto maior a barra em em termos de retornos, mais paciência será necessária. Acreditamos que a empresa está buscando aquisições de médio e grande porte, não apenas para otimizar seus esforços, mas também porque empresas maiores sob o regime fiscal do “lucro real” poderiam ajudar a tirar vantagem prejuízo líquido acumulado na Cesp”, explica o BTG.

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“O Plano A é buscar a criação de valor por meio de fusões e aquisições, com um equipe dedicada de desenvolvimento de novos negócios explorando ativamente novas oportunidades. Se esta estratégia não se concretizar, o Plano B é pagar dividendos“, completa.

Indenização no radar

Segundo a casa, em termos de Implicações fiscais da indenização de Três Irmãos, o CFO disse que a visão da empresa segue inalterada.

“Devido à natureza da indenização, os recebíveis não deveriam ser tributado. A Auren aguarda o veredito da Receita Federal sobre a cobrança do PIS/Cofins. Isso resultaria em uma cobrança tributária adicional de R$ 95 milhões, aumentando o valor de Três Irmãos pagamento de imposto indenizatório de R$ 578 milhões para R$ 673 milhões”, dizem os especialistas.

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Eduardo Vargas

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