O BTG Pactual (BPAC11) expressou otimismo nesta segunda-feira (14) diante do anúncio feito pela mineradora Vale (VALE3) sobre a aprovação do conselho administrativo do pagamento de R$ 2,4075 por ação em proventos, declarando que a notícia foi positiva devido ao “montante extra de US$ 1 bilhão”.
Na última quinta-feira (10), o conselho de administração da Vale autorizou o pagamento de R$ 2,4075 por ação em proventos, sendo a soma representada por R$ 1,4102 em dividendos e R$ 0,9973 em juros sobre o capital próprio (JCP). O montante esperado anteriormente era de US$ 1,3 bilhão, entretanto com a atualização vai para US$ 2,35 bilhões.
“É reconfortante ver que a empresa continua altamente comprometida com os retornos de caixa, mesmo em meio ao intenso fluxo de notícias vindas dos promotores nos últimos dias (vemos pouco mérito nos pedidos, para ser claro)”, informaram os membros do time de análise do BTG Pactual, Leonardo Correa, Caio Greiner e Ricardo Cavalieri.
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A mineradora poderia pagar um rendimento de dividendos de 15% em dólar em 2021 segundo os analistas. “Se os preços do minério de ferro corrigissem 20-25% da base atual (em US$ 125-130 por tonelada), a Vale ainda poderia pagar um dividend yield substancial de 15% em USD, incluindo 6-7% extraordinário”, declararam. “Acreditamos que a Vale poderia pagar um dividendo na faixa de US$ 9 bilhões para o ano inteiro”.
Ao passo que o Credit Suisse também atualizou suas estimativas após a divulgação da mineradora, informando que as expectativas são de retorno mínimo de 7% em dividendos em 2021, tendo em vista um preço médio de US$ 81 a tonelada para o minério de ferro.
Vale informa que pagará US$ 5 bi em linhas de crédito rotativo
A Vale notificou seus credores, na manhã desta segunda-feira (14), dizendo que realizará o pagamento de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 26,56 bilhões na cotação atual) em suas linhas de crédito rotativo. A informação foi revelada por meio de um comunicado ao mercado.
Segundo a Vale, os pagamento serão realizados com vencimento em junho de 2022 (US$ 2 bilhões) e dezembro de 2024 (US$ 3 bilhões). Os valores foram desembolsados em março, em função da ameaça que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) representava aos negócios da empresa.
A Vale, à época, informou ser “prudente utilizar a solidez de seu balanço para navegar os próximos poucos meses com maiores reservas de caixa”. Agora, a companhia diz que o reembolso das linhas de crédito, da mesma forma pela qual foi desembolsada no início da pandemia, “é consistente com a estratégia da Vale, recompondo integralmente a disponibilidade das linhas de crédito rotativo ao valor original”.