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Em 2023, dívida pública pode ultrapassar o PIB em 102,3% sem reforma

Serasa

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Projeções da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia apontam que, caso a reforma da Previdência não seja feita, em 2023, a dívida pública bruta do país vai atingir os 102,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

No entanto, isso significa que a dívida pública vai superar o montante de todos os bens produzidos pelo país neste ano. Entre 2013 e 2018, a dívida bruta nacional passou de 51,5% para 76,7% do PIB.

De acordo com o documento do Ministério, “o endividamento crescente aumenta a desconfiança dos credores, que passam a exigir prazos mais curtos e juros maiores para continuar financiando o déficit, piorando a qualidade da dívida. É o futuro preocupado em saber quem vai pagar a conta”.

Além disso, as projeções indicam que “o ajuste em direção ao equilíbrio fiscal torna-se mais duro e difícil de ser obtido, reduzindo ainda mais a capacidade presente e futura do governo em destinar recursos para investimentos programas sociais”.

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Sem a reforma

Conforme o documento, no caso de não aprovação da reforma, o Brasil corre risco de não pagar o salário de funcionários públicos, como os casos de estados que estão parcelando o pagamento ou atrasando. “Vários estados já estão atrasando pagamento de funcionários e aposentados”. São eles:

“Hoje, a realidade das contas públicas estaduais já está botando em risco esses pagamentos de servidores. No caso da União, a rolagem de dívida permite que o pagamento esteja em dia. Mas, na ausência da nova Previdência, os dados sugerem esse grande aumento da dívida pública”, completou o documento.

Comparação internacional

Além disso, o documento fez uma comparação internacional das despesas públicas com previdência e o grau de envelhecimento da população.

“O Brasil, que ainda apresenta uma população relativamente jovem, já apresenta uma proporção de gastos públicos previdenciários acima de países com uma parcela de aposentados muito mais representativa na população”, disse o texto.

No entanto, o documento ainda fala sobre a incompatibilidade entre os gastos previdenciários e a demografia atual do país.

De acordo com a Secretaria de Política Econômica, no final de 2017, a dívida pública previdenciária da União, de estados e também municípios estava negativando em cerca de R$ 7 trilhões.

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