A dívida pública federal (DPF) subiu 2,03% em agosto e ultrapassou R$ 4 trilhões pela primeira vez, ao somar R$ 4,074 tri. As informações foram divulgadas pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (26).
Em julho, a dívida pública contabilizava R$ 3,993 trilhões. O valor considera os débitos do governo federal no Brasil e no exterior.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), ou seja, que considera o débito no País, em real, registrou alta de 1,74% e somou R$ 3,913 trilhões.
A Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 9,55% e registrou R$ 160,87 bilhões em agosto. Esse resultado considera a emissão de títulos de dívida no mercado internacional e de contratos antigos.
Entre os fatores que levaram ao resultado, está a emissão de títulos públicos, que somou R$ 39,62 bilhões. Além disso, as despesas com juros chegaram a R$ 41,37 bilhões.
A dívida pública é uma forma de financiar o déficit no orçamento federal. Com isso, é emitida para pagar gastos que são superiores ao valor arrecadado por meio de impostos.
Investidores estrangeiros
Em agosto, a participação de investidores estrangeiros na dívida pública interna também caiu quando comparado ao mês anterior. O indicador passou de 12,31% em julho, somando R$ 473,45 bi, para 12,14% no mês passado, contabilizando R$ 474,98.
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Dessa forma, os estrangeiros ocupam a quarta colocação entre os principais compradores de títulos públicos da dívida interna, ficando atrás apenas de:
- Fundos de investimento: R$ 992 bilhões (passando de 26,12% do total em abril para 26,58% do total em maio)
- Fundos de previdência: R$ 927 bilhões (passando de 25,56% do total em abril para 24,83% do total em maio)
- Instituições financeiras: R$ 821 bilhões (passando de 21,65% do total em abril para 22% do total em maio)
Dívida pública dentro da previsão
Apesar do recorde histórico, o nível da dívida segue dentro do que foi previsto pelo governo federal.
No início do ano, a secretaria do Tesouro informou que a previsão máxima é que o indicador chegue a R$ 4,3 trilhões neste ano. A estimativa mínima é de R$ 4,1 trilhões.
Já em 2018, a dívida pública subiu 8,9% e atingiu um patamar histórico de R$ 3,87 milhões. Em 2016 e 2017, os resultados somaram R$ 3,112 trilhões e R$ 3,559 trilhões, respectivamente.