Dívida Pública Federal subiu 2,17% em maio, totalizando R$ 4,250 tri
A Secretaria do Tesouro Nacional informou nessa quarta-feira (24) que a Dívida Pública Federal (DPF) apresentou um aumento de 2,17%, em termos nominais, de abril para maio. Foi registrado um estoque de R$ 4,250 trilhões no mês passado.
De acordo com o relatório divulgado pelo Tesouro Nacional, em um cenário de incerteza em relação à duração da pandemia, os mercados operaram voláteis em maio, com a expectativa de flexibilização das medidas restritivas em diversos países, recuperação dos preços do petróleo e retorno das tensões entre Estados Unidos e China.
Entretanto o o numero ficou abaixo da meta do Plano Anual de Financiamento (PAF), que previa uma variação entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 trilhões para o final do ano. Em maio as emissões da Dívida Pública Federal foram de R$ 86,65 bilhões e os resgates de R$ 13,07 bilhões, representando uma emissão líquida de R$ 73,58 bilhões.
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Em relação ao resgate líquido, R$ 73,94 bilhões são referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), enquanto o da Dívida Pública Externa corresponde a R$ 0,36 bilhão.
Além disso, o percentual vincendo da dívida em 12 meses ficou em 23,25% da DPF em maio enquanto em abril estava em 21,54%. Já o prazo médio da encerrou maio em 3,96 anos, contra 4,04 anos em abril.
Quando o método “Average Term to Maturity” é aplicado, a média da DPF passa de 5,54 anos em abril para 5,41 anos no mês passado.
O custo médio do estoque da dívida, acumulado no período dos últimos 12 meses, fechou o mês passado em 8,98% ao ano, embora em abril tenha fechado em 9,36%. Já o custo médio da DPMFi atingiu 7,62% em maio, enquanto marcou 8,03% em abril.
Ainda nos últimos 12 meses, o custo médio em ofertas públicas da DPMFi acumulado foi de 5,62% no mês passado, e 6,10% em abril.
Frente a isso, o custo médio das Letras do Tesouro Nacional (LTN) foram de 6,04% em maio e 6,55 em abril. O custo de locação de Notas do Tesouro Nacional Série F, que fechou abril em 7,46%, ficou em 7,08% no mês passado.
Ademais, as Notas do Tesouro Nacional Série B apresentaram um custo de 5,28% ao ano, frente a 6,26% apresentada em abril.
A participação de investidores estrangeiros na DPMFi também caiu em termos percentuais de 9,36% em abril para 9,11% em maio. Em valor absoluto, a fatia saiu de R$ 369,26 bilhões para R$ 367,29 bilhões. Ademais, variaram em relação a abril:
- Os fundos de investimento que apresenta, 25,85% em maio, e apresentaram 25,75% em abril;
- As instituições de previdência representando 24,88%, enquanto 25,65% em abril;
- As instituições financeiras fecharam maio em 26,77%, e 25,72% em abril.
- O governo variou de 4,02% para 3,97% em maio;
- As seguradoras ficaram com 3,91% no mês passado, ante a 3,96% em abril.
Dívida pública bruta deve chegar ao fim de 2020 entre 85% e 90% do PIB
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou em abril, através de uma videoconferência que o crescimento da dívida pública bruta deve chegar ao fim de 2020 entre 85% e 90% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
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Além disso, Almeida informou que a dívida pública poderá crescer mais rápido, dependendo das reformas aprovadas. Assim como por causa da alta volatilidade, o desempenho do PIB para esse ano também é impreciso e pode cair entre 2% a 5%, segundo ele.