O Tesouro Nacional informou nesta terça-feira (27) que a Dívida Pública Federal (DPF), que inclui débitos do governo no Brasil e no exterior, registrou um crescimento de 2,59% em setembro deste ano ante o mês de agosto, para R$ 4,527 trilhões.
A dívida pública é emitida pelo Tesouro a fim de custear o déficit orçamentário do governo federal para, com isso, quitar despesas superiores a arrecadação com impostos e tributos. Em agosto, a dívida pública federal subiu 1,56% em agosto, somando R$ 4,412 trilhões.
De acordo com o Tesouro, o avanço da dívida em setembro se deve por conta da alta nas emissões de títulos públicos, que corresponderam a R$ 155,27 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 74,57 bilhões no período. A emissão líquida, que se refere ao volume acima dos resgates, cresceu para R$ 80,7 bilhões no mês passado. Ao mesmo tempo, as despesas com juros somaram R$ 33,69 bilhões.
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A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), por sua vez, anotou uma expansão de 2,56% em setembro na base mensal, para R$ 4,281 trilhões. Já a Dívida Federal Externa ficou em R$ 245,89 bilhões no mês passado, o equivalente a US$ 1,39 trilhão na cotação atual do dólar.
Governo projeta crescimento da dívida pública em 2020
Com a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o governo federal prevê um aumento da dívida neste ano. No início de 2020, a programação do Tesouro estimava que a dívida brasileira poderia atingir o patamar de até R$ 4,75 trilhões até dezembro.
Em vista do “impacto da pandemia ampliou significativamente os gastos públicos, aumentando a necessidade de financiamento do governo”, no entanto, o valor foi revisado no mês de agosto e o teto previsto para a dívida foi elevado para R$ 4,9 trilhões. No acumulado de 2019, a dívida pública registro uma alta de 9,5% na base anual.