A Dívida Pública Federal (DPF) diminuiu 0,45% em termos nominais em janeiro, passando para R$ 4,229 trilhões. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Tesouro Nacional.
O valor da DPF em janeiro está abaixo da meta estabelecida no Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2020. Conforme o plano, a dívida pública deve variar entre R$ 4,5 trilhões e R$ 4,75 neste ano.
Segundo o Tesouro, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) caiu 0,63% em janeiro em comparação com o mês anterior, chegando a R$ 4,057 trilhões. Por outro lado, a Dívida Federal Externa avançou 3,86%, para R$ 172,07 bilhões.
Em janeiro, a DPF registrou resgate líquido de R$ 58,6 bilhões. O valor é resultado de R$ 63,67 bilhões em emissões e R$ 122,28 bilhões em resgates. Os títulos da dívida interna correspondem a R$ 55,43 bilhões do total resgatado, enquanto os R$ 3,18 bilhões restantes são oriundos da dívida externa.
Participação dos títulos na Dívida Pública
A participação de títulos pós-fixados na DPF passou de 38,92% em janeiro para 39,6% no mês passado. Os papéis prefixados, cuja taxa de juros é estabelecida no momento da emissão, corresponderam a 29,52% da dívida em janeiro, ante 30,97% no mês anterior.
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Os papéis corrigidos por índices de preços, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), representaram 26,6% do total no mês passado, em comparação a 26,04% em dezembro. A participação dos títulos que variam conforme o câmbio foi de 4,27% em janeiro (4,07% em dezembro).
A projeção do PAF para este ano é que os papéis prefixados representem entre 27% a 31% da dívida pública total. Os papéis atrelados a índices de preços devem registrar uma participação entre 23% a 27%. Por fim, os títulos pós-fixados e os papéis ligados ao câmbio devem representar cerca de 40% a 44% e 3% a 7%, respectivamente.
A participação dos investidores estrangeiros na DPMFi foi de 10,89%, a R$ 441,79 bilhões, em janeiro. No último mês de 2019, a fatia era de 10,43%, a R$ 425,77 bilhões.
A participação dos fundos de investimento na DPF foi de 26,95% no mês passado (26,68% em dezembro). Já as instituições de previdência representaram 25% do total em comparação a 24,89% em dezembro.
Além disso, as instituições financeiras foram responsáveis por 23,71%, porcentagem inferior aos 24,69% registrados no mês anterior. O governo representou 4,1% (3,97% em dezembro). Por fim, as seguradores obtiveram a menor participação na dívida pública em janeiro, com 3,95% ante 3,94% no mês anterior.