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Dívida líquida do setor público supera 60% do PIB

A dívida líquida do setor público consolidado atingiu 60% do Produto Interno Bruto (PIB) pela primeira vez desde 2002.

A dívida líquida do setor público consolidado atingiu 60% do Produto Interno Bruto (PIB) pela primeira vez desde 2002.

A dívida líquida não financeira do setor público consolidado — composto por governo federal, estados, município e empresas estatais, com exceção da Petrobras (PETR4) e Eletrobras (ELET3) — atingiu 60,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho, ultrapassando tal marca pela primeira vez desde 2002. A informação foi revelada nesta segunda-feira (31) pelo chefe do departamento de estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha.

O resultado é oriundo da dívida bruta do governo geral, que chegou a R$ 6,210 trilhões em julho deste ano, o equivalente a 86,5% do PIB. Segundo o BC, os principais fatores para o aumento do endividamento são as emissões líquidas de dívida bruta (alta de 0,7 ponto percentual), incorporação de juros nominais (alta de 0,4 ponto percentual), variação do PIB nominal (crescimento de 0,2 ponto percentual) e valorização cambial (queda de 0,3 ponto percentual).

A dívida líquida, portanto, passou de R$ 4,176 trilhões em junho (58% do PIB), para os R$ 4,322 trilhões reportados em julho. Em dezembro do ano passado, o indicador estava em 55,7%.

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A autoridade monetária central do País explicou que o endividamento líquido do brasil pode ser explicado pelo déficit primário (6,7 pontos), o pagamento de juros (2,5 pontos) e o efeito do PIB (0,6 ponto percentual). Por outro lado, ocorreu a influência do ajuste cambial, de 4,4 pontos, e outros ajustes da dívida externa, contribuindo com 0,8 ponto.

A contabilização da dívida brasileira por este viés, além de excluir os efeitos da duas maiores estatais do País, também não considera os bancos estatais, uma vez que se trata de um resultado não financeiro.

Carregamento da dívida diminui

Além disso, o Banco Central também pontuou que o custo de carregamento da dívida líquida do setor público (DLSP) saiu de 9,6% em junho para 9% no mês seguinte, quando analisado em uma janela de 12 meses. Quando observado apenas a dívida do governo federal e do Banco Central, que está dentro da DLSP, o custo foi de 10,2%, enquanto em junho foi de 11%.

De acordo com a autoridade monetária central, a taxa implícita capta uma média das taxa de juros incidentes sobre os ativos e os passivos da dívida líquida do setor público. Outros aspectos, como, por exemplo, a dívida mobiliária, possui diferentes indexadores, como a taxa básica de juros da economia (Selic) e os índices de preços.

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