Dívida das empresas de capital aberto soma R$ 1,21 tri, sem considerar Petrobras (PETR4)
Um levantamento da Economática divulgado nesta terça-feira (25) mostra que a dívida consolidada das 239 empresas brasileiras de capital aberto somava R$ 1,21 trilhão ao final de março desse ano, sem considerar os dados da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3).
O levantamento exclui os dados da Vale e da Petrobras, uma vez que números das duas gigantes mostram uma realidade muito diferentes das demais companhias de capital aberto.
Segundo a Economática, a dívida das 239 empresas cresceu 149,7%, em comparação com dezembro de 2011. Contudo, o avanço com os valores ajustados pelo IPCA é de 49,8%, na mesma base comparativa.
O setor com maior estoque de dívida em março foi o de energia elétrica, com R$ 286 bilhões.
Por sua vez, o Caixa das empresas em março desse ano somava R$ 438 bilhões, o equivalente a um crescimento nominal de 44,1% em comparação com dezembro de 2011. Levando em consideração a a inflação, o montante representa uma queda de 13,6%, na mesma base comparativa.
Além disso, o estudo mostrou que a Vale passou a Petrobras e se tornou a empresa com maior caixa. O caixa da estatal petrolífera ao final de março somava R$ 71,45 bilhões, contra R$ 73,39 bilhões da mineradora.
Em 2020 foi a primeira vez em pelo menos dez anos que a Vale fechou o balanço com mais dinheiro em caixa que a Petrobras, vantagem mantida no primeiro trimestre deste ano, segundo a Economática.
Petrobras vê dívida crescer 56% em 10 anos
Cabe destacar que a dívida bruta da Petrobras cresceu em 55,9% nos últimos 10 anos, ao passo que a Vale teve um crescimento de 1,3% na mesma lacuna de tempo, conforme mostra o levantamento.
As dívidas de ambas representam quase 40% do endividamento das 239 companhias incluídas na pesquisa consolidada do mercado. Enquanto a dívida bruta da Petrobras cresceu em 55,9%, a Vale aumentou apenas 1,3% no mesmo período, segundo números dos balanços.
Além disso, entre dezembro de 2011 e março de 2021, o caixa da Petrobras, ou seja, os recursos disponíveis para pagamento de despesas correntes, teve queda real de 18,5%, enquanto o da mineradora engordou 487,1%.