A empresa mexicana, Coca-Cola Femsa, informou nessa quarta-feira (22), que registrou lucro líquido de 2,11 bilhões de pesos mexicanos (cerca de R$ 485 milhões), no segundo trimestre desse ano, uma queda de 39% ante ao mesmo período de 2019.
Mesmo com os desafios causados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a distribuidora de produtos da Coca-Cola na América Latina, salientou que sua atuação no México se mostrou forte, ao passo que seu desempenho, tanto no Brasil, como na Colômbia apresentou sinais de melhora.
Em relação a receita, entre abril e junho desse ano, a Femsa anotou um decréscimo de 8,6%, para 43,07 bilhões de pesos mexicanos (cerca de R$ 9,89 bilhões) ante a mesma época em 2019. Por sua vez, o volume vendido caiu 7,2%.
Os resultados são reflexo da interrupção das atividades comerciais em vários lugares somados as medidas de distanciamento social, adotadas para mitigar a propagação do novo coronavírus.
Além disso, a companhia mexicana destacou que seu lucro bruto recuou 12,5%. Um dos principais motivos da queda foram os custos mais altos no Brasil, referente a redução de créditos tributários na Zona Franca de Manaus, “devido à decisão temporária de suspender os referidos créditos”.
Também em ritmo de queda, a receita da companhia na América do Sul recuou 8,3%, ficando em 15,69 bilhões de pesos mexicanos (cerca de R$ 162 milhões). Já a queda no volume vendido foi de 9,5%.
No Brasil, a receita caiu 14%, para 11,4 bilhões de pesos mexicanos (cerca de R$ 2,53 bilhões), ao passo que o volume de vendas teve resumo de 5,2%.
Coca-Cola lucra 32% menos no 2T20
Além disso, a própria Coca-Cola viu seu lucro líquido recuar no segundo trimestre desse ano em razão da pandemia. O indicador caiu 32% no período, para US$ 1,78 bilhão (cerca de R$ 9,23 bilhões). No entanto, a companhia entende que o ‘pior já passou’.
Aproximadamente metade da receita da companhia é gerada “fora de casa”, ou seja, em restaurantes, bares, cinemas e estádios esportivos, locais que foram fechados para mitigar a disseminação do vírus. Todavia, a direção da empresa vê uma melhora no ambiente dos seus negócios, sobretudo na Ásia.
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Para John Murphy, chefe de finanças da Coca-Cola, a China, o sudeste asiático e a Europa Ocidental fizeram um “bom trabalho na gestão dos piores estágios da pandemia” e as vendas devem continuar retomando seu crescimento. “Aqui nos Estados Unidos, estamos vendo um pico em vários lugares, mas o grau de bloqueio quase não é o que era”.