Distanciamento de Brasil, China e árabes prejudica agronegócio, diz Blairo
Distanciamento do Brasil com a China e os países árabes, por conta das declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro, pode prejudicar o agronegócio, afirmou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, nesta sexta-feira (14).
De acordo com Blairo, a manutenção dos mercados chinês e árabe deve ser levada com atenção no setor do agronegócio. O ministro destaca que quase 50% das exportações brasileiras de frango vão para o Oriente Médio.
“Nós não temos essa questão geopolítica. Não temos essa vontade de ser o líder do mundo. Não temos condições de ser o líder do mundo, então porque vamos fazer enfrentamentos dessa ordem? Em torno de 50% das exportações brasileiras de frango vai para países árabes. Você perder isso, significa problemas para as nossas empresas”, afirmou Blairo.
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Jair Bolsonaro criticou o avanço dos negócios chineses no Brasil, logo após as eleições. Além disso, o presidente eleito diz que pretende transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém (atualmente está em Tel Aviv).
Entretanto, o posicionamento de Bolsonaro é interpretado com uma afronta por parte dos países árabes.
Conforme o ministro, nas conversas com a futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, foi abordado a importância de manter as visitas internacionais e negociações para abrir novos mercados para os produtos nacionais.
De acordo com Blairo, o Brasil conseguiu expandir o agronegócio para 78 produtos em 30 países, desde 2016.