O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a venda da Fox para a Disney, nesta quarta-feira (27). No entanto, para que a transação aconteça, o Canal Fox Sports terá que ser vendido para uma outra empresa separadamente.
De acordo com o conselho, existe um prazo para que a Walt Disney venda a Fox Sports. No entanto, caso a venda fracasse o Cade pode voltar a avaliar a venda das operações da Twenty-First Century Fox.
“Em caso de fracasso da venda do ativo, há a possibilidade do Cade reexaminar o ato de concentração”, afirmou o conselheiro do Cade, Paulo Burnier.
Além disso, o conselheiro afirmou que a venda da Fox Sports incluirá os prédios, equipamentos e contratos com ligas esportivas, como por exemplo, a Copa Libertadores da América e Sul-Americana.
Nos Estados Unidos, a Disney comprou a Twenty-First Century Fox em 2017 por US$ 71,3 bilhões.
O acordo realizado com o Cade proíbe a Disney de disputar os contratos esportivos da Fox Sports durante um prazo determinado. Dessa forma, o comprador teria mais fôlego após a compra e também seguiria como titular nas transmissões esportivas.
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Mercado concentrado
Paulo Burnier afirmou durante seu voto que se a Fox Sports não for vendida para outra empresa, o mercado esportivo da TV à cabo seria concentrado em duas empresas que possuiriam 95% do setor.
“Neste sentido, a aprovação do ato de concentração representaria a criação de duopólio”, destacou o Burnier.
De acordo com o conselheiro, atualmente, Fox Sports, ESPN e SporTV possuem 95% do mercado. No entanto, a negociação entre Fox e Disney uniria ESPN e Fox Sports em um mesmo grupo.
Nos Estados Unidos a compra foi aprovada, mas com a condição de que 22 redes regionais de esportes da Fox fossem vendidas para outra empresa.
A compra da Fox pela Disney inclui os estúdios de cinema e TV, redes de entretenimento à cabo e empresas internacionais. No entanto, ficaram fora da negociação:
- Fox Broadcasting;
- Fox News;
- Fox Business;
- FS1;
- FS2;
- Big Ten.
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