A Walt Disney Company (DISB34) retomou na segunda-feira (24) o processo de cortes de funcionários iniciado em março, o que deve elevar o total de desligamentos para cerca de 4 mil pessoas no ano, segundo a companhia. A rodada atual de demissões deve durar até a próxima quinta (27).
Esta é a segunda de três rodadas de demissão na Disney, de acordo com a própria empresa em comunicado. As medidas fazem parte de um esforço para cortar, ao todo, cerca de 7 mil empregos neste ano, de um total de 220 mil.
Bob Iger, CEO da empresa, projeta economizar US$ 5,5 bilhões (R$ 27,8 bilhões) em custos anuais. A Walt Disney quer reduzir seu compromisso com o entretenimento em geral e priorizar franquias e marcas reconhecidas.
A Disney Entertainment, que abriga os negócios de filmes e TV não relacionados a esportes da empresa, tem sido até agora o foco das reduções.
Demissão na Disney foi anunciada em fevereiro
Conforme reportado pelo Suno Notícias, Iger já havia anunciado os atuais cortes de pessoal: “Acreditamos no trabalho que estamos fazendo para reformular nossa empresa em torno da criatividade. Ao mesmo tempo em que reduzimos as despesas, isso levará a um crescimento sustentado e à lucratividade de nossos negócios de streaming”.
“Também nos posicionará melhor para enfrentar mudanças futuras e desafios econômicos globais e agregar valor aos nossos acionistas”, disse Iger em fevereiro, no primeiro anúncio das demissões na Disney.
Entre as medidas a serem concretizadas, estão a de tornar a ESPN uma unidade independente – algo que já era demandado por investidores. Com isso, a Disney terá três unidades: a ESPN, com toda a parte esportiva; a Disney Entertainment, que contemplará a parte de streaming e mídia; e uma unidade para lidar exclusivamente com a operação física, de Parques, Experiências e Produtos.
O anúncio dos cortes na Disney é mais um entre diversas demissões em massa. Até então, os desligamentos eram mais concentrados em empresas de tecnologia, que tendem a sangrar com a recessão global e a alta de juros feita pelo Federal Reserve (Fed), que aumenta o custo de capital. Entre as gigantes que anunciaram demissões massivas estão a Amazon (AMZO34), a Microsoft (MSFT34) e Meta (M1TA34).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, com Estadão Conteúdo
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