A Disney (DISB34) se prepara para demitir “milhares de funcionários” ao redor do mundo na próxima semana, de acordo com informações divulgadas pela Bloomberg nesta quarta (19). Os cortes devem atingir cerca de 15% da divisão de entretenimento da companhia, além de outras áreas do negócio.
Segundo a agência de notícias, equipes corporativas e dos setores de TV, cinema e parques temáticos também estão no radar das demissões na Disney.
Os cortes começarão na segunda (24). Procurada pela Bloomberg, a empresa se recusou a comentar o assunto.
Em fevereiro, a empresa informou ao mercado que planejava cortar 7 mil postos de trabalho, medida alinhada com uma estratégia para cortar R$ 5,5 bilhões em custos anuais. De acordo com fontes da agência, os cortes serão espalhados por todas as áreas da empresa, inclusive na Disney Entertainment, unidade criada durante a última reestruturação corporativa.
Demissão na Disney foi anunciada em fevereiro
Conforme reportado pelo Suno Notícias, Bob Iger, CEO da empresa, já havia anunciado os futuros cortes de pessoal.
“Acreditamos no trabalho que estamos fazendo para reformular nossa empresa em torno da criatividade. Ao mesmo tempo em que reduzimos as despesas, isso levará a um crescimento sustentado e à lucratividade de nossos negócios de streaming. Também nos posicionará melhor para enfrentar mudanças futuras e desafios econômicos globais e agregar valor aos nossos acionistas”, disse Iger.
Entre as medidas a serem concretizadas, estão a de tornar a ESPN uma unidade independente – algo que já era demandado por investidores. Com isso, a Disney terá três unidades: a ESPN, com toda a parte esportiva; a Disney Entertainment, que contemplará a parte de streaming e mídia; e uma unidade para lidar exclusivamente com a operação física, de Parques, Experiências e Produtos.
O anúncio dos cortes na Disney é mais um entre diversas demissões em massa. Até então, os desligamentos eram mais concentrados em empresas de tecnologia, que tendem a sangrar com a recessão global e a alta de juros feita pelo Federal Reserve (Fed), que aumenta o custo de capital. Entre as gigantes que anunciaram demissões massivas estão a Amazon (AMZO34), a Microsoft (MSFT34) e Meta (M1TA34).
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