A Disney (DISB34) iniciou nesta semana sua demissão de milhares de funcionários a fim de ‘controlar custos’.
A demissão em massa na DIsney já era esperada e fora comunicada previamente pelo CEO, Bob Iger, que citou que seriam 7 mil demissões – o que representa cerca de 3% da força de trabalho da companhia.
As demissões devem afetar segmentos da companhia como a Disney Entertainment, Disney Parks, Experiences and Products e a área corporativa da empresa.
A ESPN, por sua vez, não deve sofrer cortes.
Segundo o CEO, a primeira leva de demissões deve ocorrer já nos próximos dias, com comunicados aos funcionários.
A expectativa é de que já em abril a Disney corte novamente ‘milhares de empregos‘, conforme citado pela própria administração da empresa.
Demissão na Disney foi anunciada em fevereiro
Conforme reportado pelo Suno notícias, ainda em fevereiro o CEO da empresa havia anunciado os cortes no pessoal.
“Acreditamos que o trabalho que estamos fazendo para reformular nossa empresa em torno da criatividade. Ao mesmo tempo em que reduzimos as despesas, levará a um crescimento sustentado e à lucratividade de nossos negócios de streaming. Também nos posicionará melhor para enfrentar mudanças futuras e desafios econômicos globais e agregar valor aos nossos acionistas”, disse Iger.
A medida integra um pacote que visa uma economia de US$ 5,5 bilhões ao longo dos próximos anos.
Entre as medidas a serem concretizadas, estão a de tornar a ESPN uma unidade independente – algo que já era demandado por investidores.
Com isso, a Disney terá três unidades: a ESPN, com toda a parte esportiva; a Disney Entertainment, que contemplará a parte de streaming e mídia; e uma unidade para lidar exclusivamente com a operação física, de Parques, Experiências e Produtos.
O anúncio da demissão é mais um entre diversas demissões em massa. Até então, as demissões eram mais concentradas em empresas de tecnologia, que tendem a sangrar mais com a recessão global e a alta de juros feita pelo Federal Reserve (Fed), que aumenta o custo de capital.
Dentre as gigantes que anunciaram demissões massivas estão a Amazon (AMZO34) e a Microsoft (MSFT34).
Em meio ao anúncio das demissões, a Disney reportou seu balanço trimestral referente ao último trimestre de 2022.
No período, a companhia reportou perda de assinantes, mas menor do que o que era projetado por analistas.
Contudo, a Disney elevou seu lucro líquido para US$ 1,28 bilhão, ou US$ 0,70 por ação, em comparação com US$ 1,1 bilhão, ou US$ 0,60 por ação, um ano atrás.
A receita da Disney, por sua vez, aumentou 8%, para US$ 23,51 bilhões, de US$ 21,82 bilhões no ano anterior. Com isso, as ações subiram cerca de 8% em um só pregão após a divulgação do resultado financeiro.