Diretoria da Linx (LINX3) vendeu R$ 10 milhões em ações da companhia

De acordo com informações enviadas pela Linx (LINX3) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira (10), integrantes da diretoria da empresa venderam pouco menos de R$ 10 milhões em ações da companhia em agosto. As informações foram publicadas conforme estipula o Art. 11 – Instrução nº 358/2002 da autarquia que regula o mercado de capitais brasileiro.

Tal instrução determina que as empresas de capital aberto devem divulgar, mensalmente, se controladores e administradores negociaram papéis da companhia. A primeira venda, de R$ 574,72 mil, foi realizada no dia 17 de agosto, seis dias depois do início da disputa pela Linx, protagonizada entre a Stone (NASDAQ: STNE) e Totvs (TOTS3).

Segundo o documento da Linx, as vendas foram realizadas apenas por integrantes da diretoria, não contando, portanto, com participantes do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. Dessa forma, três fundadores da empresa, Nercio Fernandes, Alon Dayan e Alberto Menache — os quais costuraram o acordo inicial com a Stone –, não alienaram suas participações.

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A movimentação foi realizada entre os dias 17 e 27 de agosto, com um preço médio de venda de R$ 35,36. Com isso, o total de papéis da companhia sob posse da diretoria da Linx caiu de 1,244 milhão para 962 mil. O formulário, no entanto, não especifica quais diretorias realizaram as transações, nem se elas foram feitas por mais de um diretor. Os executivos da empresa são:

  • Jean Carlo Klaumann (Operações)
  • Gilsinei Valcir Hansen (Operações)
  • Dênis Nieto Piovezan (Operações)
  • Antonio Ramatis Fernandes Rodrigues (Financeiro e DRI)
  • Flávio Mambreu Menezes Diretor (Marketing e RH)

Atualmente, não há nenhuma restrição para que os membros da diretoria vendam suas ações, inclusive por questões pessoais. No entanto, por serem executivos-chave para o andamento do negócio, o mercado permanece atento sobre a movimentação de tais figuras do alto escalão da companhia — sobretudo em um momento sensível ao controle da empresa.

Conforme o SUNO Notícias apurou, os três fundadores da Linx estão processando o co-fundador e portfólio manager da FAMA Investimentos, Fábio Alperowitch, por calúnia e difamação após o surgimento das primeiras informações sobre o negócio com a Stone. A FAMA detém uma participação de aproximadamente 3% na empresa.

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Jader Lazarini

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