Diretora-gerente do FMI defende vacina como ‘política econômica n.º 1’
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou nesta terça-feira (13) que as vacinas contra a covid-19 continuam a ser “a política econômica número 1” para os países neste momento.
Além disso, a diretora do FMI destacou o apoio das políticas fiscal e monetária e também uma adaptação melhor das pessoas ao contexto da pandemia, o que permite um desempenho melhor das economias em 2021.
“O melhor investimento público para todos os países é contribuir para acelerar a vacinação” contra o vírus, sustentou.
As declarações foram dadas durante evento virtual do Fundo, com a presença também de Paolo Gentiloni, comissário da União Europeia.
Para Georgieva, o bloco tem “algum espaço fiscal”, mas é importante saber usá-lo com “qualidade”. Por outro lado, ela comentou que o número de falências por causa da pandemia pode aumentar na Europa.
Gentiloni, por sua vez, demonstrou certo otimismo com o quadro econômico no bloco. Segundo ele, apesar de ainda haver restrições à mobilidade em vários países por causa da pandemia, “a recuperação está em andamento”.
Ele defendeu a necessidade de manutenção e reforço do apoio à economia dentro do bloco, em nível nacional, nesse contexto.
De qualquer modo, Gentiloni enfatizou que é preciso primeiro implementar o pacote de ajuda já aprovado na UE, de 750 bilhões de euros.
FMI eleva previsão para PIB mundial em 2021
No início dessa semana, o Fundo Monetário internacional aumentou a previsão de alta do Produto Interno Bruno global para este ano dos 5,5% estimados em janeiro para 6,0%.
A melhora se deve ao rápido avanço da vacinação contra o coronavírus em alguns países, sobretudo nos Estados Unidos, e às robustas respostas fiscais e monetárias para mitigar a recessão provocada pela covid-19.
Os mesmos fatores também contribuíram para o avanço pouco menor, de 0,2 ponto porcentual, da previsão de alta do crescimento internacional para 2022, de 4,2% para 4,4%, destaca o relatório Perspectiva Econômica Mundial de abril.
A entidade, contudo, ressaltou que a dinâmica do crescimento global é “incerta”, pois na corrida entre a vacinação e a multiplicação de variantes do coronavírus pelo mundo ainda não há um cenário claro sobre quais serão os seus desdobramentos no curto prazo.
Segundo o FMI, a “forte cooperação internacional é vital” para que no front da saúde pública, “ocorra produção adequada de vacinas e distribuição universal com preços acessíveis, inclusive com funding suficiente para a iniciativa Covax, assim todos os países poderão rapidamente e decididamente derrotar a pandemia”.
Com informações do Estadão Conteúdo.