O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, declarou esperar uma redução das tensões entre EUA e China. O diplomata brasileiro falou nesta quinta-feira (20) com os jornalistas.
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O diretor-geral da OMC falou sobre a reunião do G20 que será realizada em Osaka, no Japão, na próxima semana. Segundo Azevêdo os líderes mundiais deveriam tomar medidas concretas em relação ao comércio e não apenas renovar pedidos para aliviar as tensões comerciais.
Segundo o diplomata, uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, seria “um sinal bem-vindo”.
Relatório publicado na próxima semana
Azevêdo afirmou que a OMC publicará seu relatório de monitoramento mais recente na semana que vem. O documento deverá mostrar como as economias do G20 estão criando novas barreiras comerciais acima da média histórica, sem sinal de redução desta tendência.
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“No que toca a OMC, esperamos que as medidas de restrição ao comércio sejam revertidas em algum momento, porque elas estão – como eu já disse antes – afetando o crescimento da economia e do comércio globais”, declarou Azevêdo.
O diplomata explicou como é claro que Trump vê as tarifas como uma ferramenta importante para ganhar terreno na negociação. O presidente dos EUA se auto-denominou “homem tarifa”. Ele fez um uso crescente de altas tarifas de importação ou da ameaça de imposição dessas tarifas.
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O presidente norte-americano não seria o primeiro a fazer isso. Entretanto, as tarifas alfandegarias mais elevadas poderiam romper cadeias de fornecimento, deter o investimento e aumentar ainda mais o já elevado nível de incerteza global.
“Então eu não acho que estamos falando de uma situação onde haja um vencedor, francamente. Todos perdem. E quanto mais pobre e mais vulnerável é o país, quanto mais pobre e mais vulnerável é o cidadão, mais negativamente ele é afetado”, explicou o diretor-geral da OMC.
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