Apesar de todas as incertezas políticas e econômicas que rondam o Brasil, a rede de farmácias Pague Menos (PGMN3) está confiante de que 2022 será um bom ano. Em entrevista exclusiva ao Suno Notícias, Luiz Renato Novais, CFO da Pague Menos, explicou que o setor farmacêutico deve continuar se beneficiando do envelhecimento da população brasileira, ao mesmo tempo em que a empresa investe em melhorias operacionais e expansão orgânica.
Confira a entrevista completa abaixo:
“Mesmo com inflação e dúvidas sobre o teto de gastos, o setor de varejo farmacêutico continua crescendo 9% a 10% todos os anos, e pode crescer ainda mais forte nos próximos anos”, disse Novais. Segundo ele, hoje 26% da população brasileira tem mais de 50 anos, e este porcentual deve subir para 32% até 2030.
No terceiro trimestre de 2021, a Pague Menos ganhou 0,5 ponto porcentual de participação de mercado na região Nordeste e 0,6 ponto porcentual na região Norte, seus principais focos de atuação. Além disso, a companhia tem conseguido reduzir o índice de ruptura, que representa problemas no abastecimento das lojas. Este indicador, que já foi de 4%, caiu para os atuais 2%.
“Conseguimos melhorar este indicador utilizando um melhor algoritmo de reposição em loja, além de aumentar a lista de fornecedores e reforçar o time de supply chain“, afirmou.
Foco da Pague Menos está na integração da Extrafarma
Em 2021, a Pague Menos tem a meta de inaugurar 80 novas lojas, sendo que 40 serão abertas no último trimestre. Para 2022, a meta é abrir 120 novas lojas. Além disso, a companhia tem como objetivo fazer a integração da Extrafarma, comprada neste ano por R$ 700 milhões. “Estamos otimistas para o Cade terminar a sua análise”, afirmou.
A venda média das lojas Extrafarma é de R$ 400 mil, e a meta é subir este montante para cerca R$ 450 mil em poucos meses. Desta forma, a rede se aproxima do padrão de vendas da Pague Menos, que é de R$ 620 mil por mês. Isso será possível com a redução do índice de ruptura, além de melhorias em loja e no atendimento.
Somente depois de estabilizar a operação da Extrafarma, a Pague Menos pensará em fazer novas aquisições, segundo Novais.
No momento, a companhia está captando R$ 450 milhões por meio de uma emissão de debêntures, que tem como objetivo quitar dívidas que vencem em 2022. “Resolvemos antecipar a captação para evitar a volatilidade de 2022”, explicou.
A Pague Menos é uma empresa recente da bolsa de valores brasileira. Fundada em 1981, a empresa veio a mercado no ano passado, captando cerca de R$ 850 milhões.