Diretor do Banco Central diz que digitalização do sistema financeiro “não tem volta”
O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel de Mello, afirmou nesta quinta-feira (17) que a digitalização do sistema financeiro “não tem volta”. Segundo Mello, o papel do BC é garantir que esse processo ocorra mais cedo do que mais tarde e com segurança.
“Vejo como falso dilema a suposta tensão entre estabilidade e competição e a gente vai empurrar essa agenda. Essa agenda não tem volta”, afirmou Mello durante uma entrevista online promovida pelo BTG Pactual junto a PUC-RJ.
De acordo com o executivo, a digitalização na intermediação financeira muda o panorama do sistema financeiro. Mello também afirmou que os spreads das operações de crédito estão em queda sem causar nenhum risco ao sistema.
Volatilidade do câmbio preocupa Banco Central, segundo Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou, no início deste mês, que a volatilidade atual do câmbio preocupa a autoridade monetária, que por sua vez está atenta a isso. O executivo explicou que o Banco Central está buscando entender mais detalhadamente o que está causando a volatilidade, mas disse que a desvalorização no câmbio durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) foi oriunda de “um pouco de incerteza fiscal, um pouco de ruídos internos, um pouco de juros baixos“.
O mandatário do Banco Central lembrou que “antes dessa minicrise fiscal, a volatilidade vinha caindo”, e disse que “se mostrarmos responsabilidade no tema das reformas e fiscal” a volatilidade tende a diminuir. Na mesma ocasião, Campos Neto falou também sobre a tecnologia.
O presidente do BC disse que mesmo com a crise, a autarquia não parou nada da agenda de tecnologia, quando comentou sobre a modernização do sistema financeiro do País. Campos Neto também disse que o plano do Banco Central de criar uma moeda digital é uma “consequência de um sistema digitalizado, instantâneo, interoperável e aberto”.