DiDi Global, dona da 99, notifica oficialmente sua saída da Bolsa de Nova York
A ação da DiDi Global, empresa chinesa dona da 99 no Brasil, fechou em queda de 4%, a US$ 1,44, nesta segunda-feira (23), após notificar oficialmente sua saída da Bolsa de Nova York (NYSE).
Conforme o divulgado, a DiDi Global vai protocolar um formulário chamado “Form 25” na SEC (órgão regulador equivalente à Comissão de Valores Mobiliários nos Estados Unidos) até o dia 2 de junho, para sair da listagem da NYSE em até dez dias após a entrega do documento.
Aproximadamente 96% dos acionistas da empresa que estavam na assembleia votaram a favor da deslistagem. Conforme a DiDi Global, isso também incluiu os fundadores, Will Cheng e Jean Liu, que indicaram um voto por ação.
A DiDi Global já havia acenado em abril deste ano com os planos de saída do mercado acionário dos Estados Unidos.
Complicações com o IPO da DiDi Global
Dois meses depois de finalizar a oferta pública inicial de ações (IPO), em dezembro de 2021, a DiDi Global já dizia que planejava sair da listagem norte-americana.
As autoridades chinesas anunciaram uma investigação sobre a companhia logo após a abertura do IPO, com a acusação de violação de leis de privacidade de dados e da segurança nacional da China.
As agências governamentais chinesas invadiram os escritórios da empresa para uma revisão de segurança cibernética algumas semanas depois.
Além disso, a empresa chinesa foi pressionada pelas autoridades regulatórias dos Estados Unidos.
Em abril, a empresa divulgou comunicado à imprensa afirmando que “coopera plenamente com a revisão de segurança cibernética na China” e não realizará outros IPOs por enquanto, como planejava fazer em Hong Kong, até a investigação ser concluída.
A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China disse no sábado que a saída da DiDi Global dos EUA foi uma “decisão independente tomada pela empresa com base em sua própria situação e condições de mercado”.