Didi Chuxing, dona do aplicativo 99, registra pedido de IPO nos EUA
A companhia chinesa Didi Chuxing Technology, dona do aplicativo 99, entrou com um pedido de abertura de capital nos Estados Unidos nesta quinta-feira (10) no que poderia ser um dos maiores IPOs de tecnologia deste ano.
No ano passado, a Didi Chuxing registrou receita de US$ 21,6 bilhões e um lucro líquido consolidado de US$ 95 milhões no trimestre.
A empresa entrou com pedido com seu nome formal, Xiaoju Kuaizhi, e pode obter uma avaliação de mais de US$ 70 bilhões, disseram pessoas familiarizadas com ao assunto para o “Wall Street Journal“.
Além disso, segundo o jornal, a empresa chinesa deve levantar cerca de 8% a 10% do valor da avaliação na oferta. Esse montante será usado para investir em tecnologia, expandir os negócios fora da China e lançar novos produtos, conforme informou a Didi.
Apesar da companhia não ter selecionado uma bolsa específica ainda, informou que planeja listar suas ações depositárias americanas sob o ticker DIDI.
Sobre a Didi Chuxing
Assim como a Uber Technologies, a Didi, com sede em Pequim, opera um aplicativo de smartphone onde os usuários podem pegar carona, bem como táxis regulares e serviços de carona solidária.
A empresa ficou conhecida por tirar o Uber da China, vencendo uma guerra de preços que terminou em 2016 quando o Uber fundiu sua unidade no país com a Didi, em troca de uma participação na companhia chinesa.
Didi foi fundada em 2012 por Cheng Wei, que já trabalhou na gigante do comércio eletrônico Alibaba Group Holding, e se fundiu com uma rival doméstica em 2015 para ganhar escala. Enquanto alguns investidores importantes da empresa são o SoftBank Group, que detém 21,5% da empresa atualmente, a Uber, que possui 12,8% e as entidades Tencent Holdings, com 6,8%.
Embora vários rivais tenham surgido na China nos últimos anos, Didi mantém um domínio esmagador em um mercado chinês que pode valer US$ 99,5 bilhões em 2023, ante US$ 53,5 bilhões em 2019, de acordo com a Daxue Consulting. A companhia opera em 14 países fora da China, embora seu mercado interno seja responsável pela maior parte de suas viagens.