Um levantamento realizado pelo Instituto Locomotiva e pela Xpeed mostra que mais da metade dos brasileiros (51%) não estão satisfeitos com a situação financeira em que se encontram, ao passo que 58% acredita que a falta de dinheiro atrapalha na hora de realizar coisas que essas pessoas consideram importantes. Isso mostra que organizar as contas pode ser bom, tanto para o bolso, como para a felicidade em relação a vida financeira.
Além disso a falta de dinheiro por desorganização das contas e do orçamento, pode estar atrelada à falta de educação financeira. Segundo uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), no início do ano passado, havia cerca de 61 milhões de brasileiros negativados.
A pandemia também cooperou com esse cenário. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) a parcela de famílias com dívidas em atraso cresceu no país em abril deste ano para 67,5%. Em março, o percentual era de 67,3%.
O resultado de famílias com dívidas em abril deste ano é o mais alto desde agosto de 2020, quando também registrou-se um percentual de 67,5%.
Frente a isso, o SUNO Notícias separou 5 dicas para você organizar suas contas e sua vida financeira.
Como organizar sua vida financeira
1. Seja organizado com sua vida financeira
Pode parecer evidente, mas a primeira dica é se organizar. Para isso, é importante que você separe todas as contas e dívidas que possua e as deixe em um único lugar, separando-as de acordo com valores, prazos de vencimento e taxas de juros.
Segundo a analista CNPI da SUNO Research, Gabriela Mosmann “ter tudo organizado visualmente vai te ajudar na priorização de quais pagar primeiro”.
“No mundo ideal, você deve buscar tentar não atrasar nenhuma conta, mas caso seja necessário, foque em pagar as com maiores taxas de juros primeiro e deixar as com menores juros para depois”, completa ela.
2. Conheça todos os seus ganhos
Além disso, listar seus gastos e ganhos podem ajudar nessa jornada para organizar sua vida financeira.
Ao listarmos todos os nossos ganhos, temos uma visão melhor do quanto podemos gastar, e isso tornará o orçamento mais realista.
Vale destacar que na hora de listar os ganhos, é importante contar o salário líquido, os ganhos com investimentos, rendimentos de aluguéis, ou seja, todas as suas fontes de renda.
3. Conheça também seus gastos
Após listar os ganhos, está na hora de listar seus gastos e despesas. Aqui é importante que você faça uma lista, ou planilha, com todas as despesas mensais, sejam elas fixas ou variáveis.
Para começar, pontue todos as suas despesas fixos, sem esquecer dos “gastos escondidos”. Aqui você pode colocar contas como: aluguel, prestações de contas, mensalidades de cursos.
Depois, é hora de listar as contas variáveis, como contas de luz, água, gás e alimentação. Por fim, chega a vez dos gastos eventuais, como viagens, roupas, presentes, remédios, entre outros gastos que não estão presentes todos os meses, mas que podem surgir.
Nessa etapa, é importante ser realista, pois só assim você poderá ver quais gastos podem ser cortados, e quais são desnecessários. Além disso, após listar suas contas, você pode tentar definir um gasto mensal para cada uma delas.
Além disso, Mosmann aponta que é importante verificar se há a possibilidade de renegociação do prazo e taxa de uma possível dívida.
“Nesse momento de organização financeira, sempre é interessante buscar esforços extras para economizar um pouco a mais e diminuir as dívidas”, explica a analista.
4. Acompanhe tudo o que entra e o que sai da sua conta
Após entender o “fluxo de caixa da sua carteira”, e definir seus gastos, é importante seguir seu orçamento conforme planejou.
Caso o seu orçamento ainda não esteja compatível com a realidade, você pode fazer algumas mudanças e adequá-lo, através de cortes de gastos, ou buscando novas fontes de renda.
5. Defina objetivos
Por fim, a última dica que vai te ajudar a organizar suas contas, é: tenha objetivos e metas. Ter objetivos e prioridades pode ajudar a tomar decisões na hora de fazer alguma mudança no orçamento.
Os objetivos podem tanto ser planos de longo prazo, como de curto prazo. Ter planos para o dinheiro pode ajudar na hora de organizar sua vida financeira, funcionando como um incentivo para seguir o orçamento traçado.
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