Dia Livre de Impostos oferece descontos de até 50% nesta quinta-feira

Hoje, 27 de maio, é o Dia Nacional Livre de Impostos. Nesta data, são oferecidos descontos com base na tributação que recai sobre alguns produtos. O varejo é protagonista do dia, com descontos ao consumidor que podem chegar a 50%.

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A ação de 2021 do Dia Nacional Livre de Impostos soma mais de 10 mil lojistas cadastrados na modalidade física, e 2 mil na modalidade de e-commerce. O número de lojistas do e-commerce é 20% maior que no ano anterior. O avanço é atribuído à pandemia, segundo um dos coordenadores nacionais da iniciativa, Raphael Paganini, da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Os descontos incluem, por exemplo, a gasolina, que sai de R$ 5,50 por R$ 3,30 no Posto Ilha Bela, na capital catarinense, ou um chuveiro elétrico que custaria R$ 249 com impostos, mas cai para R$ 165 neste dia 27, além de carregadores de celular que saem por R$ 54, ante R$ 90 com impostos.

Também entre os produtos com desconto estão itens de vestuário. Uma calça jeans da Forum, por exemplo, passou de R$ 349 para R$ 228 quando retirada a tributação. Na categoria de eletrônicos, uma fechadura inteligente tem seu preço de R$ 1.780 por R$ 1.069, com o desconto.

Além dos bens, os serviços também entram no rol de descontos, com inclusão de itens como corte de cabelo, limpeza de pele e cursos  EaD.

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Se tivéssemos uma tributação razoável, as pessoas poderiam comprar mais, além de empregar mais pessoas; entraríamos em um círculo virtuoso. A população tem que saber o quanto ela está contribuindo com os impostos. Temos uma carga tributária alta, que penaliza o consumo, em vez de impostos mais simplificados”, ressalta Raphael Paganini.

Outro exemplo é um relógio da japonesa Orient, que custa R$ 849 no Dia Livre de Impostos mas custaria R$ 1,9 mil com os impostos. Há também, juntamente com essas varejistas, uma empresa listada na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), a varejista de vinhos Wine (WNBR3).

A varejista de vinhos já anunciou que iria promover descontos de até 70% e zeraria os impostos de todos os rótulos em todas as plataformas (site, aplicativo e lojas físicas) entre os dias 20 e 23 de maio.

Campanha não estimula sonegação e empresários arcam com custos

Segundo Paganini, não há estímulo à sonegação, uma vez que os custos mais baratos ao consumidor são oferecidos às custas dos empresários e lojistas.

Atualmente, o imposto que mais pesa no bolso do empresário e do lojista – e consequentemente, no do consumidor – acaba sendo o imposto sobre mercadorias e prestações de serviços (ICMS).

“O ICMS é um dos maiores [impostos], principalmente porque há muita distorção entre estados. Além disso temos outras contribuições sociais que pesam bastante”, afirma o coordenador.

Brasileiro já pagou R$ 1,051 trilhão em impostos somente em 2021

Em ferramenta semelhante, o Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, reporta um montante de R$ 1,051 trilhão pagos em impostos até às 11h desta quinta-feira (27). O número leva em consideração os encargos pagos desde o dia 1º de janeiro deste ano.

Se contabilizados os últimos doze meses, o montante sobe para R$ 2,277 trilhões. Na média, o ano de 2020 apresentou uma queda na divisão da contribuição.

 

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Isso, pois eram cerca de 151 dias trabalhados ao ano somente para lidar com os tributos, ante uma média de 153 dias vista nos quatro anos anteriores.

Brasil é o pior país em retorno dado aos impostos, diz estudo

Em estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, foi constatado que o Brasil é o 30º país (de uma lista de 30) em termos de retorno dado aos impostos pagos, mensurado pelo Índice de Retorno De Bem Estar Bem-Estar à Sociedade (IRBES).

“A Irlanda, seguida pelos Estados Unidos, Suiça Suíça, Coréia do Sul e Austrália, são os países que melhor fazem aplicação dos tributos arrecadados, em termos de melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos”, diz o documento, datado de 2018.

No ranking, o Brasil fica atrás de outros países da américa latina nessa relação de impostos e retorno, como a Argentina, que ocupa o 20º lugar, e o Uruguai, que ocupa o 12º.

 

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Eduardo Vargas

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