O Dia dos Namorados está chegando, e a aproximação da data sempre desperta a preocupação de como escolher o presente certo para agradar à pessoa amada. Uma opção interessante e pouco usual pode ser um investimento.
Como diz o ditado: “Quem ama protege”. E pensar em proteção é, também, pensar numa forma de ajudar a companhia de vida a construir um patrimônio e estabelecer um fluxo de renda passiva, dentro do perfil de cada pessoa.
Os mais ousados podem pensar em fundos multimercados, com alguma posição no mercado internacional e estratégias combinadas que podem levar a uma rentabilidade maior, mas com o risco de ver esse rendimento cair em determinados momentos do cenário macroeconômico.
Já a turma mais cautelosa costuma ir em busca de opções mais previsíveis, como fundos imobiliários e sua distribuição mensal de dividendos, ou aplicações de renda fixa atreladas à Selic e a títulos públicos.
Também existem as opções de fundos multiestratégia, aqueles “com um pé em cada canoa”, que buscam os melhores ativos em cada tipo de mercado, optando pela diversificação em busca da maximização de resultados. Seja qual for o perfil de quem você ama, existe um produto financeiro adequado a ela.
Dia dos Namorados: algumas possibilidades
Pedimos a algumas gestoras de fundos de investimento que indicassem produtos que consideram tão bons que seus analistas dariam como presente de Dia dos Namorados. Antes de prosseguir, vale lembrar que este texto não é uma recomendação de investimentos, muito menos informa garantias e promessas de rentabilidade: são apenas descrições de alguns entre milhares de produtos financeiros disponíveis no mercado.
A Investo destacou a importância de buscar um produto que mantenha o poder de compra do investidor, protegendo seu patrimônio da recorrente pressão inflacionária da economia brasileira. O NTNS11 é um ETF (fundo baseado em índices) que adquire NTN-Bs, ou seja, títulos do Tesouro Direto, com rentabilidade atrelada à inflação e prazo de vencimento de no máximo 4 anos.
“O fundo proporciona rentabilidade acima da inflação, contando ainda com otimização tributária e redução de volatilidade do portfólio”, explica Alessandra Gontijo, CCO e sócia da Investo. O fundo vem entregando, segundo ela, rentabilidade de 9% nos últimos 12 meses, com volatilidade de apenas 1,5%, resultado superior à aquisição de títulos de longo prazo.
A liquidez do produto é de D+1 e o investimento mínimo é de, aproximadamente, R$ 54. O ETF tem otimização tributária com 15% de IR, independentemente do prazo de resgate, além de ser isento de IOF e come cotas. Outra vantagem do produto é a possibilidade de ser utilizado como margem para operações na B3. E o risco é soberano, já que está atrelado às NTN-Bs, emitidas pelo Tesouro Nacional.
Debêntures incentivadas: mercado livre de IR
Na RB Capital, o ativo escolhido foi o RB Capital Debêntures Incentivadas FIC FI RF, um fundo aberto com aplicação mínima de R$ 1.000,00 e resgate em D+30 dias corridos, com foco em investimentos de ativos de infraestrutura.
As debêntures incentivadas são títulos de renda fixa emitidos por empresas justamente para investimentos em infraestrutura, em áreas como telefonia, geração e transmissão de energia elétrica, logística e transportes e saneamento básico, entre outros setores. O adjetivo “incentivada” vem da isenção de Imposto de Renda na remuneração dos títulos, ao contrário do que acontece com as debêntures comuns.
Os fundos que investem nesse ativo também oferecem isenção para seus investidores. “Como pontos importantes, além da isenção de IR para pessoa física, podemos destacar a gestão ativa no mercado de debêntures incentivadas, um spread de crédito diferencial perante peers e um extenso e consistente track record”, afirma a gestora.
A RB aponta como principais riscos para o investimento a liquidez reduzida do mercado de debêntures incentivadas, que pode causar um impacto negativo em momentos de estresse no mercado. Outro ponto de atenção é o risco de inadimplência, já que as debêntures são títulos de dívida. “Reforçamos a questão da diversificação de ativos, com elevado rating de crédito, e temos um histórico de nenhum evento de default, em mais de 8 anos de gestão por parte da RB Capital Asset Management”, conclui a gestora. O fundo tem rentabilidade acumulada de 19,22% nos últimos 12 meses.
Bruno Stuani, head comercial da Genial Gestão, também destacou o setor, com o fundo Debêntures Incentivadas Hedge 30 CP FIC FIM, que neste ano já entregou um desempenho de 6,06% no valor atualizado até a última quinta-feira (6). A carteira também é composta por debêntures incentivadas, como o nome diz, com mais de 80% do patrimônio alocado em empresas de rating AAA.
“O fundo permite aplicação mínima de R$ 100 e tem exposição a setores mais resilientes da economia: saneamento, elétrico, logístico e concessão rodoviária”, apontou o gestor.
Dia dos Namorados: e o mercado de FIIs?
O mercado de fundos imobiliários é conhecido pela recorrência no pagamento de dividendos pelos principais ativos, ideal para quem busca a construção de uma renda passiva, e também pela facilidade de adesão, já que o investidor pode começar no mercado com valores a partir de R$ 10, dependendo do valor da cota do fundo escolhido.
A Fator Gestora de Recursos, que tem outros produtos, como fundos de ações e renda fixa, está realizando a segunda emissão de cotas do FII Fator Verità Multiestratégia (VRTM11), com a intenção de captar até R$ 650 milhões a partir da emissão de cotas pelo valor de R$ 9,94, com investimento mínimo de 100 cotas, ou seja, um custo de R$ 994,00.
O valor está abaixo do preço de mercado do fundo, que tem flutuando sempre acima dos R$ 10 nas últimas semanas. O FII tem pago dividendos de R$ 0,10 nos últimos meses, o que significa uma remuneração de CDI + 2,9%. Reiterando: não estamos fazendo recomendações de investimentos, tampouco apresentando promessas de rentabilidade. Um feliz Dia dos Namorados para você e seu amor, seja qual for o presente escolhido.