Com o Dia dos Namorados se aproximando, muitos casais planejam para fazer surpresas inesquecíveis e românticas para seu par.
É comum que as pessoas passem dias escolhendo o melhor presente para a pessoa amada, pois ninguém quer errar nessa hora. Além disso, existem pessoas que pensam além do presente, e resolvem aproveitar o clima romântico do Dia dos Namorados para fazer o pedido de casamento.
No entanto, ao contrário dessa data romântica, nem tudo são flores e chocolates na hora de se planejar para casar. Muitos casais ainda têm dificuldade para lidar com questões financeiras, e na hora de juntar as escovas de dentes, o relacionamento com o dinheiro pode ser complicado se não houver planejamento e comunicação.
Comunicação é essencial para namorados que planejam morar juntos
Para a analista CNPI Gabriela Mosmann, da Suno Research, a comunicação é o ponto mais importante para o casal que está se organizando financeiramente para morar junto, pois é assim que é possível compreender bem qual é a realidade financeira de cada um, bem como as expectativas e capacidades.
Já a educadora financeira da Ativa Investimentos, Beatriz Moraes, também acredita que uma conversa sincera sobre a vida financeira de cada um é algo muito importante para quem planeja casar.
Moraes destaca que os maiores problemas relacionados a dinheiro, geralmente acontecem por falta de comunicação e nesse cenário, não é surpresa que conversar sobre dinheiro seja um dos maiores desafios para namorados que se preparam para casar.
Além disso, Mosmann destaca que “é necessário que ambos tenham clareza sobre a realidade do outro e sobre o que esperar, quase como se definissem quais serão as “regras do jogo”. Dessa forma, futuras discussões podem ser evitadas”.
Casais que se planejam juntos têm menos crises financeiras
De acordo com Moraes, quando o casal se planeja financeiramente, acaba evitando algumas brigas e conflitos, pois as chances de surgirem gastos surpresas diminuem.
Por isso, para ela, é importante que o planejamento seja feito em conjunto, de modo que cada um entenda e decida as porcentagens de gastos e economias.
Ter clareza nos objetivos também é algo que deve estar presente na relação financeira do casal. “Quando as duas pessoas possuem clareza sobre o que querem e entendem o que precisam para obter isso, não só fica mais fácil a realização do objetivo, como também são reduzidas discussões sobre o assunto”, salienta Mosmann.
Contudo, para que o casal tenha seus objetivos bem definidos e alinhados, é importante que conversem sobre isso. Por isso, o diálogo sobre dinheiro é tão importante na vida a dois.
Além disso, Moraes destaca que outra vantagem da comunicação, é que fica muito mais fácil economizar quando as duas pessoas tem clareza dos objetivos, pois um pode motivar o outro. No entanto, a educadora financeira destaca que não basta apenas falar e ouvir, é importante ter sinceridade.
Poupar em conjunto tem vantagens, mas também tem desafios
Para a analista da Suno Research, um dos maiores desafios que o casal de namorados enfrentará ao economizar em conjunto é o alinhamento de interesses. Mosmann aponta que pessoas diferentes, naturalmente vão querer coisas diferentes, e também podem dar importância de maneira diferente distinta para algo que o casal deseja em comum.
Já na visão de Moraes, um dos maiores desafios num primeiro momento, talvez seja chegar num consenso sobre temas como: qual o melhor lugar para morar; o tamanho da casa; onde comprar a mobília, entre outros.
Depois, ela acredita que o maior desafio que o casal terá, será a organização para poupar. “Poupar é o calo de muitos”, diz Moraes, comentando que é normal que uma pessoa do casal seja mais focada que a outra.
Embora o casal tenha intenção de viver junto a vida toda, é importante lembrar que eles são pessoas diferentes, com histórias, bagagens e experiências financeiras distintas, e por isso, alinhar os objetivos pode ser um ponto difícil também.
Além disso, alinhar as obrigações que cada um assumirá, como por exemplo, quem pagará tal conta, também pode ser um obstáculo comum entre namorados que estejam se preparando para casar.
Por outro lado, poupar em conjunto também tem pontos positivos. Quando namorados economizam juntos com um mesmo objetivo, eles podem se apoiar e se incentivar no momento das economias e organização financeira, “afinal ter alguém ao seu lado nesses momento é muito melhor”, afirma Gabriela.
Ademais, a analista destaca outro ponto positivo: o casal pode planejar algum tipo de economia para beneficio em comum, e assim gerara momentos de lazer ou conquistas a dois.
Já Moraes acredita que uma das vantagens que namorados que encontram poupando juntos é a realização dos primeiros sonhos, além de evitar dívidas no início da vida a dois.
Definir os objetivos é indispensável para namorados que planejam casar
Embora existam alguns desafios que os casais possam encontrar na hora de unir as escovas de dentes, vale destacar que os obstáculos não são bichos de sete cabeças, ainda mais quando se está apaixonado.
Segundo a educadora financeira, a primeira coisa que o casal deve fazer para se preparar financeiramente para morar junto, é conversar abertamente sobre dinheiro e definir as metas a serem traçadas.
Questões como “onde morar”, “quanto vai custar a mudança”; “quem será responsável por qual conta”; precisam ser definidas num primeiro momento, para que fique claro o quanto será necessário economizar e qual será a obrigação de cada um.
Além disso, o casal deve definir prioridades, pois ao longo do caminho, pode ser que precisem abrir mão de algumas coisas para conseguir poupar. Nesse cenário, para Moraes, é importante que os esposos pensem em crescer junto, e se apoiem mutuamente.
A principal dica que Beatriz dá aos casais que estão se preparando para morar junto é fazer o planejamento financeiro em conjunto, com muita conversa e sinceridade, para que ambos entendam as possibilidades e dificuldades de casa um. Segundo ela, os dois devem estar preparados a aceitar que o planejamento do outro pode ser diferente do seu costume.
Depois de juntar as escovas de dentes, devemos juntar o dinheiro?
Cada casal tem sua dinâmica própria, por isso, misturar ou não o dinheiro depois de casados vai depender do estilo e escolha de cada par.
Mosmann acredita que “não existe certo e nem errado, mas o que funciona para cada tipo de pessoa. O que recomendo é buscar verificar o que o casal acha mais adequado em uma conversa, nada impede também de testarem algo e mudarem se acharem que não deu certo”.
Moraes também acredita que cada casal é diferente e tem sua maneira de lidar com o dinheiro. No entanto, ela considera importante ter uma certa individualidade, pois embora namorados não casem pensando fim, não é possível prever como será a relação ao longo dos anos.
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