Em dia de Copom, Ministério da Economia eleva projeção para inflação brasileira em 2021

No dia em que o Conselho de Políticas Monetárias (Copom) decide a nova taxa Selic, o Ministério da Economia alterou sua projeção para a inflação no país em 2021 de 2,94% para 4,40%, acima do centro da meta estipulada pelas próprias autoridades, que é de 3,75%. Pelo sistema, porém, não haverá descumprimento se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% neste ano.

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A informação se tornou pública com a divulgação do boletim macrofiscal, divulgado pela pasta nesta quarta-feira (17). Mais tarde, às 18h30, o Copom determina a nova taxa de juros brasileira.

O Ministério da Economia manteve em 3,2% sua projeção para o crescimento do produto interno bruto (PIB) brasileiro em 2021. Para 2022, a expectativa também continua a mesma, com a perspectiva de um crescimento econômico de 2,5%.

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As projeções do Ministério da Economia ainda estão aquém das do Banco Central, que, no fim de 2020, projetou um avanço de 3,8% em 2021 para o PIB, apesar de, em janeiro, a instituição ter avaliado que o avanço da covid-19 pode voltar a impor barreiras ao crescimento.

Inflação é dado importante na decisão do Copom

A inflação costuma ser um fator determinante para as decisões do Copom, que, de acordo com o mercado, deve elevar a taxa de juros ainda hoje. “O principal responsável pela elevação da projeção foi o preço dos alimentos. Todavia, as expectativas a partir de 2022 apontam convergência da inflação para o centro da meta”, afirmaram as autoridades.

Ao mesmo tempo em que a inflação acelera, de acordo com os últimos dados divulgados, as autoridades do Ministério da Economia afirmaram na divulgação das projeções que a manutenção de uma política monetária “acomodatícia”, com juros baixo, inflação controlada, expansão da vacinação contra covid-19 e com a consolidação fiscal e a continuidade de reformas possibilitarão o crescimento da economia brasileira.

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Os secretários do Ministério da Economia citaram a reforma tributária e a reforma administrativa, que consideram ser “muito relevantes no contexto atual e irão permitir a racionalização e simplificação do sistema tributário e a modernização da administração pública”.

Com a inflação em alta, e sem a perspectiva de que as reformas saiam em breve, o esperado pelo mercado é que Copom eleve a Selic em, pelo menos, 0,5 pontos percentuais.

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Vitor Azevedo

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