Dia das Mães vai agitar o varejo? Selic e altas temperaturas podem impactar vendas e resultados do 2T24, diz analista

O setor do varejo no Dia das Mães tradicionalmente passa por uma época de otimismo econômico. Este ano, a data é celebrada em 12 de maio, próximo domingo.

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A procura de presentes para as mães movimenta shoppings centers e lojas online. Entretanto, o “agito” da data pode ser reduzido este ano.

Segundo explica a analista da XP, Daniella Eiger, o nível do consumo deve ser melhor definido ao longo desta semana, mas alguns pontos já cautela.

“A inflação ainda tem pesado no poder de compra, os juros elevados, o endividamento. Então, a gente ainda não vê tanto espaço para uma recuperação muito forte, mas existe uma base de comparação um pouco mais fácil,” comenta Eiger.

Clima poderá ser mais agravante para o Dia das Mães do que a Selic

A taxa Selic, instrumento de controle da inflação do Banco Central, tem um impacto direto sobre o comércio. A previsão de redução no ritmo de cortes da taxa básica de juros é um fator que estressa o mercado, que poderá ser impactado por um período mais prolongado de inflação alta.

Entretanto, Eiger acredita que a Selic não é o maior obstáculo do varejo no Dia das Mães e próximos feriados oportunos ao varejo.

“O que a gente vê como risco principal é a questão da temperatura, do clima. Está muito calor e várias varejistas já mudaram a coleção de vestuário,” aponta a head de varejo da XP.

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Expectativas da XP para o varejo

Em relatório da XP, assinado por Eiger junto com os analistas Gustavo Senday e Laryssa Sumer, ressalta-se que as tendências e previsões para as companhias de varejo levantam uma “bandeira amarela” para o trimestre (2T24).

“As datas comemorativas de Dia das Mães e Dia dos Namorados são determinantes chaves para a performance do [segundo] trimestre”, comentam.

Com as previsões climáticas de um inverno mais ameno pela frente, os analistas apontam que ainda será preciso observar como o setor desempenha em face ao cenário desafiador.

“A gente espera sim uma aceleração por conta da sazonalidade do trimestre [abril, maio e junho] ainda com algum impacto dos dados macros mais desfavoráveis pesando no consumo do varejo“, afirma Eiger.

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Camila Paim

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