A Dexco (DXCO3), companhia que pertence à holding Itaúsa (ITSA4), praticamente dobrou seu lucro no acumulado do terceiro trimestre de 2023 (3T23).
Conforme o resultado da Dexco divulgado nesta quarta-feira (8), a companhia mostrou uma alta de 97% no seu lucro na base anual, para atuais R$ 304,1 milhões. A companhia da Itaúsa, com isso, ficou muito acima do consenso Bloomberg, que projetava R$ 7 milhões, e de diversos analistas do sell side, que miravam cerca de R$ 40 milhões.
Porém o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado e recorrente da Dexco no 3T23 ficou em R$ 287,9 milhões, indicando uma queda anual de 30,7%.
Isso, por sua vez, resultou em uma redução da margem Ebitda ajustada de 2,7 pontos percentuais, totalizando 16,3%.
A receita líquida totalizou R$ 1,768 bilhão no terceiro trimestre deste ano, refletindo uma diminuição de 18,2% em relação à mesma etapa de 2022.
O consenso Bloomberg projetava R$ 371 milhões de Ebitda e cerca de R$ 2 bilhões de receita líquida para a companhia – ou seja, a companhia ficou aquém do esperado em ambos os indicadores.
Nesse contexto, as ações da Dexco caem 11,3% no intradia desta quarta (8).
O lucro bruto atingiu R$ 529,2 milhões no terceiro trimestre de 2023, uma redução de 28,4% em comparação com o mesmo período de 2022.
A margem bruta alcançou 29,9% no 3T23, representando uma queda de 4,3 pontos percentuais em relação ao 3T22.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) no trimestre foi de 19,2%, marcando um crescimento anual de 8,6 pontos percentuais.
Despesas e dívida da Dexco, da Itaúsa
As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 9,6 milhões no 3T23, um aumento de 17,8% em relação ao mesmo período de 2022.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$175 milhões no terceiro trimestre de 2023, representando um aumento de 16,2% em relação às perdas financeiras registradas na mesma etapa de 2022.
Em 30 de setembro de 2023, a dívida líquida da Dexco, que integra a Itaúsa atingiu a cifra de R$ 4,705 bilhões, refletindo um crescimento de 22,9% em comparação com a mesma etapa de 2022. O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, foi de 3,47 vezes em setembro de 2023, uma alta de 1,51 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022.