Deutsche Bank anuncia corte de 20 mil postos; diretor deixa a instituição

O Deutsche Bank, uma das maiores instituições financeiras da Alemanha, confirmou na última sexta-feira (05) que o diretor de investimento do banco, Garth Ritchie, deixará o cargo.

Após 23 anos atuando no Deutsche Bank, Ritchie deve deixar o conselho administrativo da instituição até o fim de julho. Assim, o cargo ocupado por ele será assumido pelo CEO do banco, Christian Sewing.

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Conforme divulgado pela instituição em nota, o banco deve passar por um processo de reestruturação ao longo dos próximos meses. Cerca de 20 mil postos de trabalho podem ser cortados. A reorganização deve custar cerca de €5 bilhões (cerca de R$ 21 bi).

Nos últimos meses, o Deutsche Bank foi investigado por lavagem de dinheiro. Além disso, as ações do banco registraram queda e a instituição perdeu espaço no mercado para grupos concorrentes, como o Goldman Sachs Group, sediado em Nova York.

Investigações sobre lavagem de dinheiro

Em novembro de 2018, a sede central do banco alemão, que fica em Frankfurt, foi alvo de uma operação policial.

A operação ocorreu após a divulgação do escândalo dos “Panama Papers”, documentos sigilosos de irregularidades financeiras que foram publicados por importantes veículos do mundo.

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Os documentos apresentaram evidências de que parte dos clientes da instituição teriam recebido auxílio do próprio banco para abrir contas off-shore. Por isso, a instituição foi acusada de lavagem de dinheiro.

Após a investigação, as ações do banco registraram queda recorde.

Fusão com o Commerzbank

Em março, o Deutsche Bank e o Commerzbank anunciaram o início das negociações formais para uma possível fusão.

Em comunicado divulgado na data, o Deutsche Bank informou que o seu conselho decidiu “avaliar opções estratégicas”  do acordo. Já o Commerzbank anunciou “conversas sobre uma eventual fusão com resultados em aberto”.

Saiba mais: Deutsche Bank e Commerzbank confirmam negociação sobre fusão

Os defensores da fusão argumentam que este pode ser o último momento propicio para fortalecer o setor bancário alemão. Segundo os apoiadores, a fusão deve ocorrer para evitar a venda do Deutsche Bank para um grupo estrangeiro.

No entanto, em abril as instituições anunciaram o cancelamento das operações. Conforme Christian Sewing, do Deutsche Bank, e Martin Zielke, do Commerzbank, a união foi prejudicada pelos altos custos e riscos.

Giovanna Oliveira

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