Detentora das marcas Vans e Timberland anuncia suspensão de couro brasileiro

A VF Corporation, empresa que detém a Vans, Timberland e a Kipling, assegurou que não irá comprar couro brasileiro até que saiba que o material comprado não causa danos ao Brasil. A companhia confirmou o cancelamento em uma nota enviada a “Folha de S. Paulo”.

“A VF Corporation e suas marcas decidiram não seguir abastecendo diretamente com couro e curtume do Brasil para nossos negócios internacionais até que haja a segurança que os materiais usados em nossos produtos não contribuam para o dano ambiental no país”.

A companhia norte-americana, que é dona de mais de 30 marcas, afirmou que faz parte da característica da empresa “empoderar movimentos de estilo de vida ativo e sustentável“.

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“Desde 2017, nós aprimoramos nosso abastecimento global de couro através de estudos para garantir que os fornecedores de couro estejam de acordo com nossos requisitos de abastecimento responsável”, reiterou a empresa.

Entre as marcas da VF Corporation que cessaram as compras de couro de origem brasileira estão: Vans, Kipling, Timberland, Dickies, Walls e JanSport, entre outras conhecidas mundialmente.

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Suspensão tinha sido prevista na quarta

Durante a manhã da última quarta-feira (28), a notícia de que algumas marcas, internacionais, estavam dispostas a suspender os pedidos de aquisição de couros brasileiros assustou a indústria do ramo.

O motivo da suspensão seria o envolvimento do Brasil em polêmicas com queimadas na região amazônica.

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As informações constavam na carta aberta enviada pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) ao ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente. “Este cancelamento foi justificado em função de notícias relacionando queimadas na região amazônica ao agronegócio do país”, informa o documento que teve supervisão do presidente da entidade, José Fernando Bello.

Bello assegura que marcas não irão parar de comprar couro do Brasil

Durante a tarde da última quarta-feira, José Fernando Bello, presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), voltou atrás e afirmou que não houve a suspensão de compra de couro brasileiro.

O mandatário declarou que o fornecimento e exportações continuavam normais, “sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais de couro.”

Juliano Passaro

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