Nos destaques de empresas desta segunda-feira (22), chama a atenção do mercado a volatilidade do papel da Petrobras (PETR4) que despenca 15% no exterior e os desdobramentos da interferência do presidente Jair Bolsonaro com a demissão de Roberto Castello Branco.
As movimentações da estatal petrolífera tem sido o foco do investidor brasileiro nos últimos dias. A Petrobras teve a recomendação reduzida para venda pela XP Investimentos, Credit Suisse e Bradesco BBI. Por sua vez, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) analisa abrir processo sobre mudança no comando da estatal.
Com a Petrobras no radar, os investidores temem a interferência do presidente em outras companhias, e as estatais se tornam o foco do mercado. Os analistas do Credit Suisse reduziram a recomendação para as ações da Eletrobras (ELET3) e cortaram os preços-alvo dos papéis, após a fala de Bolsonaro sobre “meter o dedo” no setor elétrico.
Além disso, dentre os destaques de empresas está a Cogna (COGN3) que fechou o acordo com a Eleva sobre a troca de ativos após meses de negociações. Já o diretor-presidente da OSX (OSXB3), que tem o empresário Eike Batista como um dos controladores, renuncia cargo em menos de nove meses no comando.
Confira os destaques de empresas desta segunda-feira:
Petrobras
Entre os destaques de empresas estão as ações da Petrobras negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) despencam 15% na manhã desta segunda-feira (22).
Os investidores estrangeiros expressam o pessimismo com a estatal após a interferência política do presidente Jair Bolsonaro, demitindo o Roberto Castello Branco, que liderava a companhia por indicação do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Os movimentos fora do Brasil indicam que os papéis da estatal devam abrir o pregão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em forte queda. Na última sexta, as ações preferenciais recuaram 6,63%, fazendo com que a companhia perdesse quase R$ 30 bilhões em valor de mercado.
Por sua vez, a CVM estaria analisando a abertura de um processo administrativo para apurar a modalidade de divulgação de todas as informações sobre a mudança no comando da Petrobras.
O processo terá como base a Instrução 358 da CVM, que impões a divulgação ao mercado de qualquer declaração que possa interferir no valor das ações de uma empresa cotada na B3 através de fato relevante.
Com as movimentações na Petrobras, o mercado está atento às outras estatais. A Eletrobras teve sua recomendação reduzida pelo Credit Suisse após Bolsonaro dizer que o governo pretende “meter o dedo” no setor elétrico.
Os preços-alvos foram cortados de R$ 40,250 para R$ 39,60 para as ações preferenciais e de R$ 39,60 para R$ 28,30 para as ações ordinárias.
Cogna e Eleva
Entre os destaques de empresas está no radar do investidor a Cogna e a Eleva, ambas empresas de educação, que concluíram neste fim de semana o acordo de troca de ativos, após meses de negociações. De acordo com o jornal Valor Econômico, o anúncio da transação deverá ser feito até amanhã.
Segundo o veículo, a Cogna ficará com o sistema de ensino da Eleva, que, por sua vez, vai ficar com os colégios da líder do setor de educação. A transação faz sentido para as duas empresas. A Eleva quer aumentar seu tamanho e chegar mais robusta em seu IPO, no qual quer captar cerca de US$ 300 milhões.
OSX
A OSX informou ao mercado na manhã de hoje que tomou conhecimento da carta de renúncia de Pedro de Moraes Borba ao cargo de diretor-presidente.
O executivo havia sido eleito para a função em 01 de junho de 2020, em reunião do conselho de administração da companhia, ficando portanto menos de nove meses no comando. No mês passado, outros membros do conselho também deixaram suas funções na empresa.
Os destaques de empresas do Suno Notícias mostram os principais acontecimentos que prometem movimentar o mercado durante o dia.