A Desktop (DESK3) estreou em forte alta na B3 nesta quarta-feira (21). Em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), os papéis da companhia abriram com um avanço de 9,79%, negociados a R$ 25,80, por volta das 10h22.
Na última terça-feira (20), a Desktop precificou suas ações em R$ 23,50, levemente acima do piso da faixa indicativa, que ia de R$ 14 a R$ 18, apresentada no prospecto preliminar arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O IPO movimentou R$ 822,5 milhões com a emissão de 35 milhões de ações ordinárias. A companhia teve uma demanda de seis vezes o book e emplacou a operação majoritariamente com investidores institucionais brasileiros, como Navi e JGP, de acordo com o jornal Valor Econômico.
Na oferta secundária, os vendedores foram o fundo de investimento da consultoria Makalu e os acionistas pessoas físicas Denio Alves Lindo, Mucio Camargo de Assis Filho, Marcos Camargo de Assis e José Carlos Franco Júnior.
Os recursos líquidos provenientes da oferta primária serão destinados da seguinte forma:
- Crescimento orgânico (70%);
- Aquisições estratégicas (20%);
- Aumento de posição de caixa (10%).
A operação teve o Itaú BBA como coordenador líder, com a participação de UBS BB, BTG Pactual (BPAC11) e Bradesco BBI.
Sumário da Desktop
A empresa é a maior provedora de serviços de internet do Estado de São Paulo, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Ela atua, majoritariamente, no mercado de prestação de serviços de banda larga com tecnologia de fibra óptica de alta velocidade voltado para o consumidor física.
Mais de 99% dos clientes tem produtos de internet, sendo que 93% possuem planos com banda larga e os demais com banda larga e TV digital. 95% da base possui planos de acesso à internet via fibra ótica.
Em maio deste ano, a empresa operava mais de 16.500 quilômetros de redes próprias de fibra ótica, contando com mais de 321 mil usuários ativos, em 53 cidades no interior paulista.
A receita líquida de serviços da Desktop, no ano passado, teve um avanço de 47% frente a 2019, para R$ 167,08 milhões. O lucro líquido saiu de R$ 21,83 milhões, em 2019, para R$ 26,59 milhões, em 2020, perfazendo um crescimento de 22%.