O programa do governo federal para renegociação de dívidas, Desenrola Brasil, iniciou no final de julho e já conseguiu retirar 6 milhões de dívidas. Os dados são exclusivos do Jornal Globo.
Na última sexta-feira (28), a primeira fase do projeto de redução de endividamento das famílias finalizou a primeira fase, “limpando” o nome de 6 milhões que estavam nos registros de negativados bancários.
Segundo o secretário de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto, o sucesso das desnegativações ocorreu como um efeito dominó de competitividade. “. O fato de alguns bancos terem feito isso gerou uma pressão competitiva para que outros fizessem”, afirmou o secretário para o Globo.
Além disso, o secretário explica que desses 6 milhões de contas, algumas podem pertencer ao mesmo CPF, a depender das dívidas cadastradas em contas bancárias distintas.
Desenrola Brasil: adesão dos bancos
Na avaliação do secretário, a estratégia dos bancos de liberar as famílias das dívidas tem por consequência a possibilidade de tornar a conceder novos empréstimos para as mesmas, ao liberar espaço no orçamento.
Os principais objetivos do Desenrola são:
- Tirar do negativo, pessoas que contraíam dívidas de até R$ 100 em 31 de dezembro de 2022;
- Concessão de crédito tributário para que bancos renegociem dívidas de negativados com renda de até R$ 20 mil.
Entre os bancos participantes, o Nubank (NUBR33) foi o último a aderir o programa. Com a entrada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estimou que o número de desnegativações chegaria a 2,5 milhões, sendo 1 milhão apenas do banco “roxinho”.
Além do digital, o programa Desenrola Brasil contempla os principais bancos, como Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC4).
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