Os bancos renegociaram R$ 13,2 bilhões em dívidas dos brasileiros através do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas criado pelo governo federal. Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e se referem ao período entre 17 de julho, data de início do programa, e 15 de setembro.
De acordo com a entidade, o número de contratos de dívida renegociados no âmbito do Desenrola chegou a 1,9 milhão, em um universo de 1,460 milhão de clientes bancários.
Os dados se referem à Faixa 2, que é aquela com clientes de renda entre dois salários mínimos e R$ 20.000 mensais, e em dívidas bancárias são negociadas diretamente com as instituições financeiras.
“Os bancos estão diretamente envolvidos na concepção e no desenvolvimento do Programa Desenrola desde o início e o programa cumpre papel essencial no momento delicado das finanças das famílias brasileiras, ao procurar reduzir dívidas da maior quantidade possível de pessoas”, diz em nota o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
Alguns bancos têm estendido as condições especiais a clientes que não estão enquadrados no Desenrola. No caso dos contratos incluídos nas condições do programa, as instituições ganharão créditos fiscais do governo, como forma de incentivo a participar do programa.
A Febraban afirma ainda que nesses dois meses, os bancos retiraram as anotações negativas de cerca de 6 milhões de registros de clientes que tinham dívidas de até R$ 100.
Conforme o regramento do Desenrola dívida não é perdoada, mas o cliente pode voltar a tomar crédito caso não tenha outras restrições em birôs de crédito.
Com Estadão Conteúdo