Desemprego recua em 10 das 27 unidades da federação no 2º tri, segundo IBGE
O desemprego caiu em 10 das 27 unidades da federação no período de abril a junho deste ano, em comparação com o trimestre anterior deste ano.
Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) permanecem estáveis nas demais unidades.
Desemprego: 26,2% procuram trabalho há pelo menos 2 anos
Mais de um quarto (26,2%) dos desempregados no Brasil procuram um emprego há pelo menos dois anos. Isso equivale a 3,347 milhões de pessoas nesse situação.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgou hoje (15), esses números são os maiores em um trimestre desde 2012.
Em apenas um ano, houve o acréscimo de 196 mil pessoas nessa condição. Esse total estava em 1,435 milhões de pessoas em 2015, indicando que o início da crise econômica, por volta do final de 2014, traria maiores dificuldades de inserção no mercado de trabalho.
O contexto impacta fortemente na informalidade. A estimativa é de que, hoje, existam 19,4 milhões de pessoas trabalhando por conta própria sem CNPJ, 11,5 milhões de empregados sem carteira assinada e 873 mil empregadores sem CNPJ.
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O elevado período de procura por um emprego é uma das variáveis que explicam o desalento, por exemplo. No segundo trimestre deste ano, o País tinha 4,9 milhões de pessoas que desistiram de procurar um trabalho. A maior parte está no Nordeste, com 766 mil pessoas na Bahia e 588 mil pessoas no Maranhão.
Variação por unidade federativa
Veja as maiores taxas de desemprego por estado:
- Bahia (17,3%)
- Amapá (16,9%)
- Pernambuco (16,0%)
- Sergipe (15%)
- Rio de Janeiro (15,1%)
O IBGE informou, também, que as maiores variações negativas em relação ao primeiro trimestre foram no Acre (-4,4 p.p), Amapá (-3,3 p.p) e Rondônia (-2,2 p.p). Já os números aumentaram em Roraima (3,7 p.p) e Distrito Federal (1,5 p.p).
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A taxa de desemprego média no País foi retraída para 12% no segundo trimestre, frente a 12,7% nos primeiros três meses do ano. A faixa de desocupação empregatícia ainda atinge 12,8 milhões de brasileiros.