Desemprego cai 0,3% no trimestre e fica em 11,8%, diz IBGE
A taxa de desemprego no trimestre que teve início em julho e foi encerrado em setembro chegou a 11,8%. Em relação ao trimestre anterior, a variação foi de -0,3%. O Brasil conta, atualmente, com 12,5 milhões de pessoas desempregadas. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda na taxa de desemprego foi puxada pelos empregados sem carteira de trabalho, que teve alta de 2,9% de trabalhadores, com 11,8 milhões de empregados nessa situação, e pelos cidadãos que trabalham por conta própria, que avançou 1,2%, totalizando 24,4 milhões de pessoas. Os dois grupos atingiram recorde no trimestre.
Na comparação anual, a taxa de desemprego apresentou estabilidade, segundo o IBGE, já que no mesmo período do ano passado a taxa ficou em 11,9%. Pesquisas da “Reuters” indicavam que a taxa ficaria em 11,6% no trimestre.
Ainda de acordo com o instituto, mais pessoas estão trabalhando e menos pessoas estão procurando trabalho no Brasil. “É uma sazonalidade típica do mercado de trabalho. O ano geralmente começa com mais pessoas procurando trabalho e no 3º trimestre há tendência de reversão”, afirma a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.
A geração de postos de trabalho teve um avanço de aproximadamente 459 mil pessoas no terceiro trimestre, de acordo com dados do IBGE. Dessa forma, a população ocupada chega, atualmente, a 93,8 milhões. Esse número significa aumento de 0,5% em relação ao trimestre anterior e 1,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.
“Do ponto de vista quantitativo, tem mais pessoas trabalhando nesse trimestre, mas a questão é a qualidade dessa forma de inserção informal”, salienta a analista.
Veja também: Dívida pública deve começar a recuar em 2023, diz Tesouro Nacional
Na comparação anual e também em relação ao trimestre anterior, a população fora da força de trabalho permaneceu estável. O número é de 93,8 milhões de pessoas.
A pesquisa do IBGE sobre o desemprego também mostra que houve uma queda de 3,6% na população desalentada (que desistiu de procurar emprego), baixa de 174 mil pessoas, somando 4,7 milhões de pessoas no total.