Desemprego nos EUA sobe para 4,4% puxado pela crise do coronavírus

A taxa de desemprego nos Estados Unidos saltou de 3,5% para 4,4% em março. O aumento no número de desempregados do país norte-americano foi puxado, principalmente, pelo avanço da pandemia de coronavírus (Covid-19). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (3), pelo Departamento do Trabalho dos EUA.

A alta no número de desempregados no país quebrou um crescimento do emprego que já durava 113 meses. De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, as empresas cortaram mais de 700 mil vagas em março.

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Em março, muitas empresas tiveram que fechar as portas por tempo indeterminado devido a ordens de autoridades por conta da disseminação do coronavírus.

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A taxa de desemprego não crescia tanto desde setembro de 2010, último mês antes de uma série recorde de ganhos de emprego. A previsão para o desemprego nos EUA em março era de 3,8%.

Fed diz que EUA já está em recessão

A presidente do Federal Reserve (Fed) de San Franciso, nos Estados Unidos, Mary Daly, disse, na última terça-feira (31), que o país já está em recessão. De acordo com Daly, isso acontece porque milhões de pessoas perderam seus empregos e estão em casa devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

“O Federal Reserve está preparado para fazer o que for necessário para garantir que sejamos parte da solução de apoiar as pessoas contra o vírus, fortalecer a economia dos Estados Unidos e nos colocar na melhor posição para crescer novamente quando o vírus recuar”, afirmou Daly em entrevista ao site “Yahoo Finance”.

Daly afirmou que se o país fizer a coisa certa e se proteger, reduzindo a disseminação do vírus, “a economia estará na melhor posição para se recuperar”.

A fala da presidente da autoridade monetária estadunidense vai de encontro com os dados publicados nesta sexta-feira sobre o desemprego no país do mandatário norte-americano Donald Trump.

Juliano Passaro

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