A taxa de desemprego no País retraiu para 11,8% no período encerrado em julho. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30).
O desemprego apresenta queda pelo quarto mês seguido em comparação com os meses anteriores. Na comparação anual, também foi visto um recuo, quando a taxa foi de 12,3%.
O número de desempregados diminuiu 4,6% (menos 609 mil pessoas) em 90 dias, e caiu 2% (menos 258 mil pessoas) em relação igual período do ano passado.
A População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil somou 93,6 milhões de pessoas em julho, representando um crescimento de 1,3% (mais 1,2 milhão de pessoas) em relação ao primeiro trimestre. Esse dado representa a maior população ocupada já registrada na pesquisa.
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No entanto, os números do IBGE mostram que a recuperação do mercado de trabalho tem sido conduzida pelo aumento do trabalho informal e da subocupação.
Desemprego é amenizado por trabalho sem carteira assinada
O número de desempregados no setor privado sem carteira assinada subiu 5,6% em 12 meses, atingindo 11,7 milhões de pessoas (mais 619 mil), maior valor já registrado pelo estudo.
Já o número de trabalhadores por conta própria apresentou um crescimento de 5,2% ante ao mesmo período do ano passado. São 24,2 milhões de pessoas que trabalham pra si mesmos.
O número de empregados com carteira assinada permaneceu praticamente estável em julho. São 33,1 milhões de pessoas trabalhando no regime da CLT, segundo o IBGE.
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Na semana passada, o ministério da Economia divulgou que a economia brasileira criou 43.820 empregos com carteira assinada em julho. Os números oficiais registraram a criação de 461.411 empregos com carteira assinada nos primeiros 7 meses do ano, alta de 2,93% frente ao mesmo período de 2018.
Rendimento média tem queda
O rendimento médio real dos trabalhadores caiu 1% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. O número passou de R$ 2.311 para R$ 2.286. Na comparação anual permanece estável.
A massa de rendimento real habitual, que é a soma dos rendimentos brutos nominais habitualmente recebidos de todas as pessoas ocupadas em todos os trabalhos na semana de referência, somou R$ 208,6 bilhões, o que significa a estabilidade em relação ao trimestre anterior e alta de 2,2% ante ao mesmo período de 2018.
Mesmo com a diminuição, o desemprego ainda atinge 12,6 milhões de pessoas no Brasil.