A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em novembro, segundo dados sobre o desemprego levantados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado representa uma redução do desemprego, em relação ao trimestre encerrado no mês anterior, de 0,5 ponto percentual. Em relação aos três trimestres móveis anteriores, a redução é de 1,6 p.p. e de 2,8 p.p. sobre mesmo período de 2019.
Desde março do ano passado, quando chegou a 14,9% – no recorde da série histórica – o índice tem apresentado retração constante.
O dado ficou igual à mediana, de 11,6%, das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, cujo intervalo ficou entre 11,4% e 12,0%. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,4%.
Desemprego recua, mas também cai o salário
Segundo a pesquisa do IBGE, a renda média real do trabalhador aferiada ficou em R$ 2.444,00 no trimestre encerrado em novembro passado. O resultado representa queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 13,6% em relação ao pico em setembro de 2020.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 277 bilhões no trimestre até novembro, queda de 2,6% ante igual período do ano anterior e em linha com a redução do desemprego.
Jovens são os principais afetados
Entre os desocupados maiores de idade, os jovens de 18 a 24 anos são os principais afetados: índice do terceiro trimestre do ano passado aponta que 25,7% estão desocupados.
Na faixa de 25 a 39 anos, são 11,5%, contra 8,2% de 40 a 59 anos e 5,4% entre 60 anos ou mais. Já entre os jovens aprendizes, de 14 a 17 anos de idade o índice de desocupação ficou em 40,4%. Para o período, a média brasileira de desemprego ficou em 12,6%.
No recorte por gênero, mulheres também são maioria entre os desocupados, conforme tendência histórica. O índice feminino de desemprego ficou em 15,9%, contra 10,1% entre homens.
Com informações de Estadão Conteúdo.