Nos Estados Unidos, segundo o jornal The New York Times, o Partido Democrata continua nesta sexta-feira (8) a desenvolver planos para derrubar Donald Trump de seu posto após ele incitar violentos ataques contra o Capitólio anteontem. Segundo comentários, há algum apoio para o movimento dentro do próprio Partido Republicano, do qual o atual presidente faz parte.
O congressista Adam Kinzinger, por exemplo, foi um dos republicanos que se manifestaram a favor. O senador Ben Sasse, do Nebraska, também afirmou que considerará as propostas por acreditar que o presidente desrespeitou o Congresso.
Katherine Clark, número quatro do Partido Democrata, afirmou que se Mike Pence não invocar a 25ª emenda para forçar a saída de Trump da presidência, os Democratas estão preparados para agir na metade da próxima semana para iniciar um novo processo de impeachment: será o segundo do tipo que Trump enfrentará. Nancy Pelosi, presidente da Câmara, planeja ligar para lideranças ainda hoje para discutir os esforços.
Os representantes democratas tentam iniciar o processo de forma rápida, dois dias após Trump ter incentivado seus partidários a marcharem até o Capitólio para protestar contra sua derrota na eleição e ter continuado a incentivar as queixas após a invasão do prédio. O atual presidente chegou a chamar os invasores de “patriotas”. A invasão terminou com cinco mortos.
Clark afirmou à CNN que os Trump “incitou uma multidão violenta a invadir o Capitólio”.
As perspectivas de remover o presidente do cargo em apenas duas semanas, segundo o New York Times, pareciam remotas, visto que seria necessária uma maioria de dois terços no Senado, casa onde os republicanos são maioria. A pressão após a invasão ao prédio do Congresso americano, entretanto, aumentou e alguns partidários do presidente parecem abertos à possibilidade.
Na segunda, a próxima agenda da casa será votada, o que significa que os artigos sobre o impeachment de Trump não poderão ser votados até lá. Katherine Clark afirmou que os democratas estão trabalhando para encontrar o caminho mais rápido para responsabilizar o atual presidente por suas atitudes, mas haveria algumas obstruções de parte do Partido Republicano.
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