Os parlamentares Democratas da Câmara querem propor um aumento da alíquota conhecida como imposto corporativo, elevando-a de 21% para 26,5%, segundo dois assessores do partido. As informações foram divulgadas no domingo (12), pelo The Wall Street Journal.
Os assessores, familiarizados com o tema e os planos dos Democratas acerca do imposto, também afirmaram que há a intenção de impor uma sobretaxa de três pontos percentuais desse encargo para quem tiver uma renda individual acima de US$ 5 milhões.
Essa decisão faria parte do Comitê de Finanças da Câmara (o House Ways and Means Committee) como um meio para que as prioridades do partido sejam alcançadas rapidamente.
No escopo, está incluso um projeto de crédito tributário infantil ampliado, um programa nacional de licença remunerada e incentivos fiscais para energia renovável.
Com essa medida aprovada, os Democratas preveem levantar US$ 2,9 trilhões na receita – o que também deve cobrir os custos do plano de investimento doméstico de Joe Biden, que custa cerca de US$ 3,5 trilhões.
Os deputados também avaliam ainda avaliam elevar o imposto mínimo sobre a renda externa de empresas para 16,5%, de 10,5%, e o imposto sobre ganhos de capital para 28,8%, de 23,8%.
Democratas têm sido reticentes sobre o tema do imposto
Atualmente, os parlamentares do partido têm falado pouco sobre os planos concretos de aumento de impostos, ao mesmo tempo que legislam em meio um contexto econômico turbulento, com pandemia, inflação e estímulos governamentais.
Apesar de esses pontos preocuparem os parlamentares, do outro lado, os mesmos lidam com alas mais radicais do partido que anseiam em uma taxação mais intensa dos mais ricos como uma forma de ampliar os projetos de proteção social do país.
Como exemplo, o deputado Richard Neal (Massachusetts), que é presidente do comitê, afirmou que a atitude de detalhar os planos de aumento de impostos muito cedo pode “dar muito tempo para a oposição construir”.
Os planos de elevar o imposto, contudo, visam uma votação do Comitê de Finanças que irá ocorrer no fim desta semana, e deve impor desafios aos democratas — que terão que decidir até onde vão nas atitudes que envolvem taxar os mais ricos e as corporações como forma de financiar os gastos sociais planejados.
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