A Agência Internacional de Energia (AIE) diminuiu nesta terça-feira (8) a previsão de consumo de petróleo global em 2020 para 102,1 milhões de barris por dia. A estimativa divulgada no mês passado previa 102,2 milhões de bpd.
A incerteza relacionada à economia global foi apontada como principal causa para a redução da demanda de petróleo no próximo ano.
Além disso, o órgão internacional reduziu a estimativa de produção de petróleo para o próximo ano. No relatório anterior, a previsão era de 102,6 milhões de barris por dia ante 102,4 milhões de bpd esperados atualmente.
De acordo com a AIE, a diminuição da previsão de fornecimento da matéria prima ocorreu por conta da queda da produção no Irã e na Venezuela.
A agência informou ainda que nos próximos meses os preços devem passar por uma ‘pressão descendente à medida que as reservas globais de petróleo aumentem durante o primeiro semestre de 2020’.
Petróleo fecha em queda
Nesta terça-feira, os preços do petróleo caíram nos mercados globais. A guerra comercial entre Estados Unidos e China e os temores de uma desaceleração econômica global em 2020 motivaram a redução dos preços.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o preço do barril para novembro de petróleo registrou queda de 0,22%, sendo negociado a US$ 52,63. Na Intercontinental Exchange (ICE) o valor para dezembro também fechou em queda de 0,19%, cotado em US$ 58,24.
A tensão comercial foi impulsionada após o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, informar a restrição de vistos para autoridades chinesas. Segundo o secretário, a medida ocorreu pois o país asiático realiza medidas repressivas contra minorias muçulmanas em Xinjiang, na China.
Saiba mais: FMI: Cerca de 90% dos países terão desaceleração econômica em 2019
Ademais, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, declarou que 90% dos países do mundo registrarão desaceleração econômica em 2019.
“Em 2019, esperamos um crescimento mais lento em quase 90% do mundo. A economia global se encontra agora em uma desaceleração sincronizada”, afirmou Georgieva.
A possível queda da demanda no próximo ano também contribuiu para a queda do preço do petróleo.