Demanda por petróleo pode cair 25% nesta semana, diz Goldman Sachs
O Goldman Sachs informou nesta segunda-feira (30) que a demanda por petróleo deverá recuar 25% nesta semana por conta dos impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
De acordo com o chefe de pesquisa de commodities do Goldman Sachs, Jeffrey Currie, o impacto do coronavírus será duas vezes maior para o petróleo do que para a atividade econômica. Dessa forma, a redução da demanda pela matéria-prima será de 26 milhões de barris por dia somente nesta semana.
“As indústrias de combustíveis fósseis, como o petróleo, estão também enfrentando dificuldades, pois historicamente serviram como pedra angular das interações sociais e da globalização, cuja prevenção é, agora, a principal defesa contra o coronavírus”, disse o economista.
A instituição financeira salientou que este é um dos maiores choques econômicos da história.
Além disso, segundo a empresa, os impactos serão maiores para o setor de energia e geopolítica. Por conta disso, Currie afirmou que a demanda continuará restrita à medida que a atividade econômica se normalize.
Como consequência, a forte queda no preço dos barris da commodity já está ocorrendo nesta segunda-feira. O barril de petróleo tipo Brent está operando em baixa de 6,08%, a US$ 26,25, por volta de 16h15. No mesmo horário, o barril da matéria-prima tipo WTI registra variação negativa de 6,32%, cotado em US$ 20,15.
Petróleo cai ao menor patamar em 17 anos nos EUA
No dia 18 de março, o preço do barril de petróleo nos Estados Unidos atingiu o menor patamar desde 2003, quando o Iraque foi invadido. Além disso, na última vez que o preço da commodity esteve em níveis tão baixos nos EUA, a China ainda estava no processo de se tornar uma potência econômica, o que viria a elevar o consumo do petróleo nos anos subsequentes.
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Na ocasião, as restrições a viagens e medidas para isolamento social estavam começando a se intensificar como forma de conter a propagação do coronavírus.
No entanto, desde então o preço da commodity continuou em queda. Isso porque, ao atingir as mínimas desde 2003, o barril tipo Brent era negociado a US$ 27,38, pouco mais de um dólar a mais do que a cotação atual. Já o petróleo tipo WTI estava cotado em US$ 24,55 , mais de quatro dólares acima do preço atual.