A Moody’s Investor Service informou, através de um relatório, que prevê que a demanda global de passageiros de companhias aéreas só deve voltar a ser igual a antes pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no final de 2023. Contudo, destaca que esse cenário leva em consideração que vacinas e tratamentos contra a nova doença já estejam disponíveis.
De acordo com a projeção da Moody’s, uma vacina de coronavírus será essencial para a recuperação do setor aéreo, além de que o apoio do governo será necessário para assegurar a sobrevivência das companhias aéreas.
“Uma vacina eficaz contra o coronavírus provavelmente só estará disponível ao longo de 2021 – e talvez será preciso mais tempo para cobrir possíveis mutações do vírus e garantir suprimento de dosagem adequado para as massas”, explicou.
Logo após o começo da pandemia de Covid-19 a demanda das aéreas teve um resumo de 90%. Segundo aponta o relatório, cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial no ano passado atribuiu-se de passageiros de companhia aéreas, assim, essa queda na demanda também afetou a economia global.
Sobre como deve acontecer a recuperação das companhias desse setor, o relatório escrito por analistas da agência de classificação de riscos salientou que deve acontecer de forma alinhada à recuperação dos aeroportos. Logo depois deve acontecer a recuperação da divisão de leasing de aeronaves.
Por sua vez, as fabricantes de aeronaves, devem ser as últimas se recuperar e voltar aos níveis de 2019, segundo o documento.
Além disso, a agência projeta que haverá mudanças em relação à viagens mais longas. Com isso, algumas companhias podem depender mais de compartilhamento de voos ou sócios de joint Ventures.
BNDES pode emprestar menos de R$ 6 bi às companhias aéreas, diz agência
O acordo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com as companhias aéreas de financiamento pode ficar abaixo do valor previsto de R$ 6 bilhões.
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Antes, o trato previa uma disponibilização de R$ 2 bilhões para cada companhia aérea sendo elas: Gol Linhas Aéreas (GOLL4), Azul (AZUL4), e Latam Airlines Group (NYSE: LTM). Porém, segundo fontes ouvidas pela agência de notícias “Reuters”, o BNDES vai entrar com R$ 1,2 bilhão para cada, totalizando R$ 3,6 bilhões.