A Delta Air Lines apresentou lucro líquido de US$ 1,1 bilhão entre outubro e dezembro de 2019, com alta de 8% ante o mesmo período de 2018. O balanço de resultados do quarto trimestre da empresa foi divulgado nesta quinta-feira (7).
O lucro por ação ajustado da aérea foi de US$ 1,70. O montante está acima da expectativa dos analistas, que previam lucro de US$ 1,40 por ação. A receita operacional da Delta também subiu 7% no quarto trimestre e chegou a US$ 11,4 bilhões.
De acordo com o presidente-executivo da aérea, Ed Bastian, os bons resultados foram impulsionados pelo aumento de clientes que ocorreu após os cancelamentos dos voos do modelo 737 Max das aéreas rivais. A companhia norte-americana não foi afetada pois não possui aviões deste modelo.
“Não há dúvida de que estamos conquistando novos clientes, mas esse não é o principal fator do nosso desempenho”, afirmou Bastian em entrevista à “Reuters”.
Além disso, a companhia ressaltou que os preços mais baixos dos combustíveis e a venda da participação na Gol (GOLL4) contribuíram para o avanço dos indicadores.
Resultados da Delta no acumulado de 2019
No acumulado de 2019, o lucro líquido da companhia foi de US$ 4,76 bilhões. O montante representa alta de 21% ante o mesmo período de 2018. Com o resultado positivo, a aérea apresenta o décimo ano consecutivo de lucro.
“O ano de 2019 foi marcante em todas as frentes, o melhor da história da Delta operacionalmente, financeiramente e para nossos clientes, com um recorde de US$ 1,6 bilhão em participação nos lucros”, afirmou o presidente-executivo da companhia.
Venda da participação na Gol
A Delta Air Lines comunicou, no dia 11 de dezembro, a venda de todas as ações que detinha da Gol. A aérea tinha aproximadamente 32,926 milhões de ações preferenciais (PN). Esse valor é equivalente a mais de 5% de todo o capital social da Gol, em relação aos papéis PN representa 12% das ações.
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Antes disso, em setembro, a Gol havia informado aos seus investidores que a aérea norte-americana não faria mais parte de sua composição acionária. Na ocasião, a empresa tranquilizou o mercado afirmando que a saída não teria impacto financeiro relevante para a empresa área brasileira.
A venda dos ativos ocorreu após a compra de 20% de participação da Delta na Latam Airlines, uma das principais concorrentes da Gol no Brasil.